EBIONITAS [EBIONIM]
EBIONITAS [EBIONIM]

 EBIONITAS [EBIONIM]

 

 

Os judeus cristãos do primeiro século eram chamados de ebionim [pobres], pra mim isso é uma grande virtude, eles queriam imitar Yeshu, que também era um ebion, diferente dos pastores protestantes de hoje que quer se enriquecer as custa de Khristo, e não prega a humildade, o desapego as coisas materiais, pregam o evangelho da prosperidade. Mas a pergunta que eu faço é porque que o cristianismo primitivo era totalmente diferente do atual cristianismo, porque que os ebionitas tinham uma visão diferente de Yeshu, os judeus seguidores de Yeshu não acreditavam que Yeshu nasceu da Virgem Maria, mas que Yeshu era filho de Yoseph com Mariam, e também negavam que Yeshu tinha uma preexistencia, ou seja que Yeshu, existiu antes de nascer, na teologia judaica, Yeshu é na verdade, um homem que recebeu de Deus uma missão de ser o Salvador de Israel, para os judeus ebionitas Yeshu era um profeta, um enviado de Deus, semelhante a Moshe [Moises], um rabino, porisso que nos evangelhos vemos Yeshu ser chamado de profeta, de rabino por seus dicipulos, Yeshu afirmou que ele era o enviado do Pai, que ele veio nome do Pai, e que as obras que ele fazia, era o Pai que fazia por meio dele.
Yeshu sempre afirmou que era o Filho de Deus, embora hoje em dia, muita gente afirme ao contrario daquilo que Yeshu ensinou, Yeshu não disse que era Pai, mas o enviado do Pai.
SE YESHU É O PAI COMO AFIRMAM MUITOS UNICISTAS, E TRINITARISTAS, ENTÃO ELE NÃO É FILHO.
O problema é esse, de fazer o Filho virar Pai, e o Pai virar Filho, quem fez essa confusão foi o Concilio de Niceia.
No Concilio de Niceia foi decretado que o Filho é Eterno, sabemos que Eterno é somente o Pai, sem duvida alguma, que Yeshu era um homem, e que ele era um profeta, pois assim que ele era chamado pelos judeus.
No NT Yeshu é chamado FILHO DE DEUS, aparece mais ou menos umas 30 vezes.
Matthai 26:63
Mas Yeshu permaneceu em silêncio. O sumo sacerdote lhe disse: “Exijo que você jure pelo deus vivo: se você é o Khristo, o Filho de Deus, diga-nos”.
Matthai 27:54
Quando o centurião e os que com ele vigiavam jesus viram o terremoto e tudo o que havia acontecido, ficaram aterrorizados e exclamaram: “Verdadeiramente este era o Filho de Deus!”
Marcos 15:39
Quando o centurião que estava em frente de Yeshu ouviu o seu brado e viu como ele morreu, disse: “Realmente este homem era o Filho de Deus!”
Marcos 1:1
Princípio do Evangelho de Yeshu Khristo, Filho de Deus;
Marcos 5:7
E, clamando com grande voz, disse: Que tenho eu contigo, Yeshu, Filho do Deus Altíssimo? conjuro-te por Deus que não me atormentes.
Marcos 14:62
E Yeshu disse-lhe: Eu o sou, e vereis o Filho do homem assentado à direita do poder de Deus, e vindo sobre as nuvens do céu.
Lucas 8:28
E, quando viu a Yeshu, prostrou-se diante dele, exclamando, e dizendo com grande voz: Que tenho eu contigo, Yeshu, Filho do Deus Altíssimo? Peço-te que não me atormentes.
Yochanan 9:35
Yeshu ouviu que o tinham expulsado e, encontrando-o, disse-lhe: Crês tu no Filho de Deus?
Yochanan 11:4
E Yeshu, ouvindo isto, disse: Esta enfermidade não é para morte, mas para glória de Deus, para que o Filho de Deus seja glorificado por ela.
Yochanan 13:31
Tendo ele, pois, saído, disse Yeshu: Agora é glorificado o Filho do homem, e Deus é glorificado nele.
Yochanan 20:31
Estes, porém, foram escritos para que creiais que Yeshu é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome.
Atos 3:13
O Deus de Abraam, de Isaque e de Yakov, o Deus de nossos pais, glorificou a seu filho Yeshu, a quem vós entregastes e perante a face de Pilatos negastes, tendo ele determinado que fosse solto.
Atos 3:26
Ressuscitando Deus a seu Filho Yeshu, primeiro o enviou a vós, para que nisso vos abençoasse, no apartar, a cada um de vós, das vossas maldades.
Atos 8:37
E disse Filipe: É lícito, se crês de todo o coração. E, respondendo ele, disse: Creio que Yeshu Khristo é o Filho de Deus.
Romanos 1:4
Declarado Filho de Deus em poder, segundo o Espírito de santificação, pela ressurreição dentre os mortos, Yeshu Khristo, nosso Senhor,
1 Coríntios 1:9
Fiel é Deus, pelo qual fostes chamados para a comunhão de seu Filho Yeshu Khristo nosso Senhor.
2 Coríntios 1:19
Porque o Filho de Deus, Yeshu Khristo, que entre vós foi pregado por nós, isto é, por mim, Silvano e Timóteo, não foi sim e não; mas nele houve sim.
1 Timóteo 1:2
A Timóteo meu verdadeiro filho na fé: Graça, misericórdia e paz da parte de Deus nosso Pai, e da de Khristo Yeshu, nosso Senhor.
2 Timóteo 1:2
A Timóteo, meu amado filho : Graça, misericórdia, e paz da parte de Deus Pai, e da de Khristo Yeshu, Senhor nosso.
Tito 1:4
A Tito, meu verdadeiro filho, segundo a fé comum: Graça, misericórdia, e paz da parte de Deus Pai, e da do Senhor Yeshu Khristo, nosso Salvador.
Hebreus 4:14
Visto que temos um grande sumo sacerdote, Yeshu, Filho de Deus, que penetrou nos céus, retenhamos firmemente a nossa confissão.
1 Yochanan 4:15
Qualquer que confessar que Yeshu é o Filho de Deus, Deus está nele, e ele em Deus.
1 Yochanan 5:5
Quem é que vence o mundo, senão aquele que crê que Yeshu é o Filho de Deus?
1 Yochanan 5:20
E sabemos que já o Filho de Deus é vindo, e nos deu entendimento para conhecermos o que é verdadeiro; e no que é verdadeiro estamos, isto é, em seu Filho Yeshu Khristo. Este é o verdadeiro Deus e a vida eterna.
2 Yochanan 3
Graça, misericórdia e paz, da parte de Deus Pai e da do Senhor Yeshu Khristo, o Filho do Pai, seja convosco na verdade e amor.
Apocalipse 2:18
18 E ao anjo da igreja de Tiatira escreve: Isto diz o Filho de Deus, que tem seus olhos como chama de fogo, e os pés semelhantes ao latão reluzente:
19 Eu conheço as tuas obras, e o teu amor, e o teu serviço, e a tua fé, e a tua paciência, e que as tuas últimas obras são mais do que as primeiras.

Texto da versão Almeida Corrigida e Revisada Fiel de propriedade da Sociedade Bíblica Trinitariana do Brasil.

YAHVEH – DEUS É ESPIRITO [Ruach Yahveh]
YESHU – FILHO DO HOMEM [Bar Enasha]

DEUS ENCARNADO - 2 NATUREZA [humana e divina]
A DIFERENÇA
O Yeshu pregado pelos apóstolos, era um homem que foi ungido por Deus, um profeta.
O Jesus Católico, é um Deus Encarnado, ou um Espirito Encarnado, é um ser sobrenatural.
Até o Concilio de Niceia no ano 325, Yeshu era ainda considerado como Filho de Deus, mas a partir desse ano Yeshu passou a ser o Deus Filho, o filho eterno, doutrina essa que não consta nas escrituras, sabemos pela Biblia que Yahveh, o Pai [ABBA em aramaico], é o ETERNO.
Mas porque criou esse CISMA, esse Cisma foi criado pelos Cristãos que achavam que Yeshu era um ser totalmente Divino, um Deus Encarnado, o KHRISTO PNEUMATICO.
Podemos ver que no cristianismo havia vários hereges que afirmavam que Yeshu era um SER DIVINO, e não um SER HUMANO, temos uma lista.


O GNOSTICISMO - Yeshu era um ser Divino
O DOCETISMO - Yeshu era um ser Divino
O MANIQUEISMO - Yeshu era um ser Divino
O MARCIONISMO - Yeshu era um ser Divino
JUSTINO, O MARTIR – Yeshu era um ser Divino
PRAXEAS - Yeshu era um ser Divino
TERTULIANO - Yeshu era um ser Divino
O SABELIANISMO - Yeshu era um ser Divino
O APOLINARISMO - Yeshu era um ser Divino
O TRINITARISMO - Yeshu é um ser Divino


O Messias dos judeus, segundo as escrituras hebraicas, é um SER HUMANO, semente [ do semên] de David, portanto afirmar que Yeshu é o Deus Encarnado, que preexistiu antes de nascer, é um ensino totalmente contra a palavra de Deus.
O termo HOMOOUSIOS usado pelos Trinitarios para dizer que Yeshu é a mesma substancia do Pai, é um termo grego que foi usado pelo GNOSTICISMO, e que também foi usado
pelo SABELIANISMO, para afirmar que Yeshu é da mesma essencia do Pai.
A palavra homoousios (mesma substância) que se originou na filosofia grega pagã.
Esse termo não consta na biblia, foi tomado da filosofia grega, para sustentar o dogma da Trindade.
Se nós formos seguir Yeshu conforme ele ensinou, e de acordo com as doutrinas do Judaísmo, temos que rejeitar todo ensino pagão que foi imposto pelo Catolicismo Romano.
O ensino dos judeus, e a favor das escrituras, e não contra as escrituras, todo ensino que não é biblico, deve ser rejeitado.
Na verdade o que aconteceu é que Yeshu que era judeu foi transformado em um Deus pagão, a paganização de Yeshu aconteceu já no 2 século, criando mitos acerca de sua pessoa, de sua origem.
A paganização do cristianismo judaico aconteceu quando os pagãos tornaram maioria na Igreja, e esses pagãos não quiseram obedecer os judeus, então começou a apostasia, a mitolização do cristianismo, mudando as doutrinas dos judeus, rejeitando o judaísmo dos apóstolos. Yeshu não fundou uma nova religião, como muitos ensinam, ele veio para ser o cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo, ele mesmo disse que a salvação vem dos judeus, a sua religião era o judaísmo.
Yeshu disse que não veio abolir a Torah, mas veio para cumprir, isso prova que Yeshu era um judeu Hassidico, um judeu zeloso das doutrinas judaicas, e ele jamais pensou em abolir a Torah, e fundar o ANOMISMO, a religião que tudo é permitido, a religião anomista, a religião sem Lei. Hoje a maioria dos pastores ensinam a mentira que Yeshu aboliu a Lei, uma doutrina totalmente anti-judaica.
Vemos que o Cristianismo Moderno não se assemelha em quase nada em relação ao Judaísmo, já o Cristianismo Primitivo era o Judaísmo Nazareno, com as doutrinas do Judaísmo, foi criado um abismo entre o Judaísmo e o Cristianismo, e quem fez isso foi o Paganismo.
É um fato reconhecido que o antijudaísmo, ou o antissemitismo cristão, ganhou um novo impulso com a tomada do controle do Império Romano, sendo o concílio de Niceia um marco neste sentido. Os posteriores concílios da Igreja manteriam esta linha. O Concílio de Antioquia (341 d.C.) proibiu aos cristãos a celebração da Páscoa com os judeus. O Concílio de Laodiceia proibiu os cristãos de observar o Shabbat e de receber prendas de judeus ou mesmo de comer pão ázimo nos festejos judaicos.
Se a salvação vem dos judeus, temos que rejeitar os ensinos anti-judaicos do Catolicismo Romano, rejeitar os seus dogmas, temos que voltar ao cristianismo primitivo.
Se os judeus nazarenos acreditavam assim, porque que nós cremos de um modo diferente.
Yeshu disse que o espirito da verdade vós guiará em toda a verdade.
YOCHANAN 16:13
13 Mas, quando vier aquele Espírito de verdade, ele vos guiará em toda a verdade; porque não falará de si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido, e vos anunciará o que há de vir.
Sabemos que a Igreja apostatou, abandonou o ensino dos apóstolos, ou seja negou a fé, nós que falamos que somos dicipulos de Yeshu, o que devemos fazer, é aquilo que Yeshu faria, que os profetas fariam, que é restaurar as doutrinas judaicas que a Igreja Católica Romana destruiu,
sabemos que o mundo jaz no maligno, e que o mundo está cheio de falsos profetas, os falsos profetas não gosta da verdade, gosta de dinheiro, porisso eles amam a mentira.
Esta cheio de ladrão mentiroso abrindo Igreja, para roubar o dizimo dos crentes, pregando o evangelho da porta larga,
que conduz a perdição.
Temos que amar a verdade, porque é a verdade que salva, de que adianta pregar o falso evangelho, e no dia do Juizo Final, ouvir Yeshu dizer Apartai-vos de mim malditos, não vos conheço, vós que praticais a iniquidade. Essa palavra é dura, tem muita gente se enriquecendo as custas da palavra de Deus, mas naquele dia vão chorar amargamente por ter feito a obra do Senhor fraudolosamente.
YIRMIAH 48:10
10 Maldito aquele que fizer a obra do Senhor fraudulosamente; e maldito aquele que retém a sua espada do sangue.
Yeshu mesmo disse muito são os chamados, poucos são os escolhidos.
Esse monte de padres mentirosos, pastores mentirosos, o fim desses falsos profetas será no lago de fogo e enxofre.
Yeshu não morreu na cruz em vão, para que os crentes falem mentiras, tem muita gente escondendo atrás do livro de capa preta, tem muito Judas com a Biblia na mão, mas com Diabo no coração, amam a Deus apenas de labios, esses tais serão vomitados por Yeshu, aonde está na Biblia que Yeshu morreu, para que falassemos mentira em seu nome.
Um dia um irmão disse para mim, a Biblia na mão quem não sabe usar, manejar, é como uma metralhadora na mão de bandido, porque o falso profeta usa biblia de modo errado, e ao invés de salvar as almas, ele as destroi.
Deus tem conta pra acertar com Roma, com os padres que mudaram a verdade em mentiras, está pensando que vai ser facil encarar Yeshu no dia do Juizo Final, não vai ser facil não. Faz muito tempo que Roma mudou a verdade em mentira, mas ninguém é obrigado a crer nas mentiras que os padres pregam, que os pastores pregam, o dever de todo homem é amar a Deus, e obedecer os seus mandamentos.
Yeshu era judeu, agora a pergunta como que eu vou crer em um Yeshu que aboliu a Torah, se esse Yeshu não é judeu, judeu que não segue a Torah, não é judeu.
Vemos que muitos crentes que dizem ter aceitado Jesus como seu salvador, porém esses crentes rejeitam a religião de Yeshu que era o judaísmo, os pastores protestantes afirmam que são crentes em Jesus, mas rejeitam os ensinos de Yeshu, mas seguem a doutrina do Catolicismo Romano.
Na verdade somente os judeus podem restaurar os ensinos
de Yeshu, vemos que o maioria dos pastores protestantes seguem a Teologia Cátolica.
Os apóstolos creram em Yeshu, e jamais deixaram de obedecer a Torah [Lei], durante quase 2 mil anos, os judeus foram massacrados, mas não deixaram de seguir a Torah, se os judeus tivesse abandonado a Torah, hoje não haveria mais judeu na face da terra.
Os judeus que deixaram de seguir a Torah, deixaram de ser judeu, milhares de judeus que abandonaram o judaismo, perderam sua identidade judaica.
Como que eu vou seguir um Yeshu paganizado, falsificado, um Jesus Falso que Roma criou para enganar o povo.
YESHU NAZARENO REI DOS JUDEUS, ele ainda é o Rei dos judeus, se os judeus não existisse mais, Yeshu não seria mais o rei do judeus, porisso que Deus preservou o seu povo, Yeshu é o rei dos judeus, e Israel seu povo.
A salvação vem dos judeus, e não dos romanos, como que vamos seguir o Catolicismo Romano, se o Catolicismo quase exterminou os judeus da face da terra, semeando anti-semitismo, e pregando odio ao judeus.
O Catolicismo Romano não obedeceu o 6 mandamento da Lei de Deus que fiz não matarás, como que iremos seguir as doutrinas de uma Igreja que não faz a vontade de Deus.
Temos que voltar as raizes judaicas do cristianismo.
Veja o que dizem os estudiosos sobre os Ebionitas.
Ebionitas

Ebionitas, ou Ebionaioi (em grego: Eβιωναῖοι; derivado do hebraico אביונים ebyonim, ebionim, que significa "os pobres" ou "pobres"), é um termo patrístico referindo-se a um movimento cristão judeu que existiu durante os primeiros séculos da Era Cristã. Eles consideravam Yeshu de Nazareth como o Messias apesar de rejeitar a sua divindade e insistiu na necessidade de seguir a lei e ritos judeus. O Ebionites apenas utilizavam um dos Evangelhos judeus, reverenciando Tiago, o Justo, e rejeitando o Apóstolo Paulo como um apóstata da Lei. O nome sugere que eles colocaram um valor especial sobre a pobreza voluntária. Ebionim foi um dos termos utilizados pela seita em Qumran que procurou separar-se da corrupção do Templo, a quem muitos acreditam eram essênios.
Desde que os registros históricos pelos ebionitas são escassos, fragmentária e disputado, muito do que é conhecido ou conjecturado sobre o Ebionitas deriva dos Padres da Igreja, que escreveram polêmicas contra os ebionitas, a quem eles considerados judaizantes heréticas. Por conseguinte, muito pouco sobre a seita Ebionita ou seitas se sabe com certeza, e a maioria, se não todas, as declarações sobre eles são conjectural
Pelo menos um estudioso distingue o Ebionitas de outros grupos cristãos judeus, por exemplo, os Nazarenos; outros estudiosos, os Padres da Igreja dos primeiros séculos depois de Cristo, consideraram os Ebionitas idênticos aos nazarenos .
Nome
O termo Ebionites deriva o adjetivo comum para "pobres" em hebraico (singular: אֶבְיוֹן evion, plural: אביונים evionim), que ocorre quinze vezes nos Salmos e foi o termo auto-dado de alguns círculos judaicos piedosos (por exemplo, Salmo 69:33 ("Porque o Senhor ouve os pobres") e 1 QpHab XII, 3.6.10). O termo "Ebionim" foi também uma descrição auto dado pelas pessoas que viviam em Qumran, como mostrado nos Manuscritos do Mar Morto. O termo "pobre" foi a primeira a designação comum para todos os cristãos -. Uma referência à sua pobreza material e voluntária
O termo hebraico grecizado "Ebionita" (Ebionai) foi aplicado pela primeira vez por Irineu no século 2, sem fazer menção de nazarenos (C.180 CE). Orígenes escreveu "para Ebion significa" pobres "entre os judeus, e os judeus que receberam Yeshu como Khristo são chamados pelo nome de ebionitas, Tertuliano foi o primeiro a escrever contra um heresiarca chamado Ebion, estudiosos acreditam que ele derivou este nome a partir de uma leitura literal do Ebionaioi como "seguidores de Ebion", uma derivação agora considerada equivocada por falta de quaisquer referências mais substanciais para tal figura. O termo "os pobres" (em grego ptōkhoí) ainda foi utilizado em seu sentido original, mais geralmente o hebraico moderno ainda usa o termo hebraico bíblico "necessitados", tanto nas histórias do cristianismo para "ebionitas" (אביונים) e para a esmola aos necessitados em Purim.
História
A primeira referência a um grupo que poderia caber a descrição dos Ebionites posteriores aparece no Diálogo de Justino Mártir com Triphon (c. 140). Justino faz a distinção entre cristãos judeus que observam a Lei de Moshe, mas não exigem sua observância sobre os outros, e aqueles que acreditam que a Lei mosaica a ser obrigatória a todos. Ireneu (c. 180) foi, provavelmente, o primeiro a usar o termo "ebionitas" para descrever uma seita judaizante herética, que ele considerava como teimosamente agarrado à Lei. Orígenes (c. 212) observa que o nome deriva da palavra hebraica "evyon", que significa "pobre". Epifânio no século 4 dá o relato mais completo, mas também questionável em sua heresiologia chamado Panarion, denunciando oitenta seitas heréticas, entre eles os ebionitas. Epifânio dá principalmente descrições gerais das suas crenças religiosas e inclui citações de seus evangelhos, que não sobreviveram. De acordo com o Enciclopédia Britanica (2011), o movimento Ebionita pode ter surgido sobre a época da destruição do Templo judaico em Yerushalém (AD 70).
Paulo fala de sua coleta para os "pobres entre os santos" na igreja de Yerushalém, mas isso é geralmente considerado como significando "os membros mais pobres da igreja" em vez de um grupo cismático.
O número real de grupos descritos como Ebionitas é difícil de verificar, como as contas patrísticos contraditórias em sua tentativa de distinguir várias seitas, às vezes confundi-los com os outros. Outros grupos mencionados são carpocracianos, os Ceríntios, o Elcesaites, no século 4 Nazarenos, e os Sampsaeans, a maioria dos quais eram seitas cristãs judaicas que mantinham pontos de vista gnósticos ou outras rejeitadas pelos ebionitas. Epifânio, no entanto, menciona que um grupo de Ebionitas chegou a abraçar alguns desses pontos de vista, apesar de manter seu nome.
À medida que os ebionitas são primeiramente mencionado como tal no século 2, a sua história anterior e qualquer relação com a primeira igreja de Yerushalém permanece obscura e uma questão de disputa. Não há nenhuma evidência que liga a origem da seita posterior dos Ebionitas com a Primeira Guerra Judaico-romana de 66-70 EC, ou que, antes que eles faziam parte da igreja de Yerushalém liderada pelo irmão de Yeshu, Yacov. Eusébio relata uma tradição, provavelmente baseado em Aristo de Pella, que os primeiros cristãos deixaram Yerushalém pouco antes da guerra e fugiu para Pella além do rio Jordão, mas não se conecta isso com Ebionitas. Eles eram liderados por Simeon de Yerushalém (d. 107) e durante a Segunda Guerra judaico-romano de 115-117, eles foram perseguidos pelos seguidores judeus de Bar Kochba por se recusar a reconhecer as suas reivindicações messiânicas.
De acordo com Harnack a influência de Elchasaites coloca algumas Ebionitas no contexto dos movimentos gnósticos generalizados na Síria e as terras a leste.
Após o final da Primeira Guerra Judaico-Romana, a importância da igreja de Yerushalém começou a desvanecer-se. Cristianismo judeu tornou-se disperso por toda a diáspora judaica no Levante, onde foi lentamente eclipsada pelo Cristianismo Gentil, que depois se espalhou por todo o Império Romano sem a concorrência de grupos cristãos "judaizantes". Uma vez que a Igreja de Yerushalém, ainda liderado por parentes de Yeshu, foi eliminado durante a revolta de Bar Kokhba em 135, o Ebionitas gradualmente perderam influência e seguidores. De acordo com Hyam Maccoby (1987) o seu declínio foi devido à marginalização e à "perseguição" por judeus e cristãos. Após a derrota da rebelião ea expulsão de todos os judeus da Judéia, Yerushalém tornou-se uma cidade Gentil de Aelia Capitolina. Muitos dos judeus cristãos que residem em Pella renunciaram às suas práticas judaicas neste momento e se juntou à igreja cristã dominante. Aqueles que permaneceram em Pella e continuaram em obediência à Lei eram julgados hereges. Em 375, Epifânio registra a liquidação de Ebionitas em Chipre, mas por meados do século 5, Teodoreto de Cyrrhus informou que eles já não estavam presente no eram a região.
Últimos dias da seita Ebionita
Mapa mostrando a região histórica de Hejaz, esboçado no vermelho.
Alguns estudiosos afirmam que os ebionitas haviam sobrevivido muito mais tempo e identificá-los com uma seita encontrada pelo historiador Abd al-Jabbar ibn Ahmad por volta do ano 1000.
Há uma outra possível referência às comunidades ebionitas, por volta do século 11 já existente, no noroeste da Arábia, em Sefer Ha'masaot, o "Livro das Viagens" do rabino Benjamin de Tudela, um rabino de Espanha. Essas comunidades foram localizadas em duas cidades: Tayma e "Tilmas", possivelmente Sa`dah no Iêmen.
O historiador do século 12 muçulmano Muhammad al-Shahrastani menciona os judeus que vivem nas proximidades de Medina e Hejaz que aceitaram Yeshu como uma figura profética e seguiu o judaísmo tradicional, rejeitando principais visões cristãs. Alguns estudiosos afirmam que eles contribuíram para o desenvolvimento do islâmica visão de Yeshu devido a trocas de restos ebionitas com os primeiros muçulmanos.
Pontos de vista e práticas
Judaica e gnóstica Ebionitismo

A maioria das fontes patrístico retratam os judeus como Ebionitas tradicionais, que zelosamente seguiram a Lei de Moshe, reverenciado Yerushalém como a cidade mais sagrada, e comunhão de mesa restrito apenas aos gentios que se converteram ao judaísmo.
No entanto, alguns Padres da Igreja descrevem os Ebionitas com alguns princípios tradicionais judaicos de fé e prática. Por exemplo, Epifânio afirmou que o Ebionitas envolvido em banhos rituais excessiva, possuía uma angelologia que alegou que o Khristo é um grande arcanjo que foi encarnado em Yeshu e adotou como filho de Deus, eram oposto ao de sacrifício animal, partes negando ou obedecendo mais a Lei, e praticando vegetarianismo judaico , e celebrou uma refeição comemorativa anualmente, ou em torno da Páscoa, com pães ázimos com apenas água, em contraste à Eucaristia cristã diária.
No entanto, a confiabilidade de Epifânio sobre os ebionitas é questionada por alguns estudiosos. Shlomo Pines, por exemplo, argumenta que as opiniões heterodoxas e práticas ele atribui a alguns Ebionitas originado no cristianismo gnóstico, em vez de cristianismo judaico, e são características da seita Elcesaite, que Epifânio erroneamente atribuída aos Ebionitas.
Outro padre da Igreja que descreveu o Ebionitas como partida ortodoxia cristã foi Metódio do Olimpo, que afirmou que os ebionitas acreditavam que os profetas falaram apenas por seu próprio poder, e não pelo poder do Espírito Santo.
Embora os estudiosos bíblicos tradicionais fazer supor alguma influência essênio na nascente Igreja judaico-cristão, em alguns aspectos organizacionais, administrativas e de culto, alguns estudiosos vão além desse pressuposto.
Em relação aos Ebionitas especificamente, um número de estudiosos têm diferentes teorias sobre como o Ebionitas pode ter desenvolvido a partir de uma seita messiânica judaica dos essênios. Hans-Joachim Schoeps argumenta que a conversão de algumas essênios ao cristianismo judeu após o cerco de Jerusalém em 70 dC pode ser a origem de alguns Ebionitas adotando visões e práticas dos essênios, enquanto alguns concluiem que os essênios não se tornaram cristãos judeus mas ainda tinha uma influência sobre os ebionitas.
No entanto, Epifânio, em seu livro Panarion, 30: 17: 5, disse o seguinte: "Mas eu já mostrei acima que Ebion não sabia dessas coisas, mas mais tarde, seus seguidores que associados com Elchasai teve a circuncisão, o sábado e os costumes de Ebion, mas a imaginação de Elchasai ".
Ao fazê-lo, Epifânio deixou claro que os ebionitas originais eram diferentes dos ebionitas heterodoxos por ele descritos.
Visão Ebionita sobre Yochanan [João Batista]
No Evangelho dos Ebionitas, como citado por Epifânio, Yochanan o Batista e Yeshu são retratados como os vegetarianos. Epifânio afirma que o Ebionitas havia alterado "gafanhotos" (Akris grego) para "bolo de mel" (ekris grego). Esta emenda não é encontrado em qualquer outro manuscrito do Novo Testamento ou tradução, embora uma leitura vegetariano diferente é encontrado em uma versão tardia eslava de Josephus 'Guerra dos judeus. Pines (1966) e outros propõem pelo contrário que os ebionitas estavam projetando seu próprio vegetarianismo sobre Yochanan o Batista.
Alternativamente Robert Eisenman sugere que o Ebonim seguido o Juramento Nazirita que foi associado com Yakov, o Justo - o irmão de Yeshu.
Yeshu [Jesus]
A maioria dos Padres da Igreja concordam que os Ebionitas rejeitavam muitos dos preceitos centrais da Nicéia ortodoxia, como a sua pré-existência, divindade, nascimento virginal, morte expiatória e a ressurreição física. Por outro lado, uma história Ebionita diz que Yeshu comia pão com seu irmão Yakov ("Tiago, o Justo"), após a ressurreição, o que indica que os ebionitas, ou pelo menos aqueles que aceitaram esta versão do Evangelho dos Hebreus, muito mesmo acreditavam em um ressurreição física de Yeshu. Os Ebionitas são descritos como enfatizando a unicidade de Deus e da humanidade de Yeshu como o filho biológico de Mariam e Yoseph, que em virtude de sua justiça, foi escolhido por Deus para ser o profeta messiânico "como Moshe "(predito em Deuteronômio 18: 14-22). quando ele foi ungido com o Espírito Santo em seu batismo, Orígenes (Contra Celsum 5,61) e Eusébio (Historia ecclesiastica 3.27.3) reconhecer alguma variação no cristologia de grupos ebionitas; por exemplo, que enquanto todos os Ebionites negavam pré-existência de Khristo houve um sub-grupo que não negam o nascimento virginal. Teodoreto, enquanto dependentes dos escritores anteriores, conclui que os dois sub-grupos teria usados Evangelhos diferentes.
Dos livros do Novo Testamento, os ebionitas aceitavam apenas uma versão em hebraico (ou aramaico) do Evangelho de Matthai, referido como o Evangelho dos hebreus, como escrituras adicionais a Bíblia hebraica. Esta versão de Matthai, relata Irineu, omitiam os dois primeiros capítulos (na natividade de Jesus), e começou com o batismo de Yeshu por Yochanan.
O Ebionitas acreditava que todos os judeus e gentios devem observar os mandamentos da Lei de Moshe, a fim de se tornar justo e buscar a comunhão com Deus.
Yakov e os Ebionitas
Uma das conexões primárias populares do Ebionitas de Yakov é que foi observado por William Whiston em sua edição de Josephus (1794), onde ele observa sobre o assassinato de Yakov, o Justo ", devemos lembrar o que aprendemos com os fragmentos ebionitas de Hegesippus, que estes Ebionitas tinham interpretado uma profecia de Yeshaiah como predizendo este assassinato. Hegesipo fez esta conexão de Yeshaiah é indiscutível, no entanto identificação de Whiston de Hegesippus como um Ebionita, era comum no século 18 e nos estudos do século 19, é discutível.
A outra conexão popularmente proposta é que a Ascenção de Yakov na literatura Pseudo-Clementina estão relacionados com os ebionitas.
O livro de Atos começa mostrando Kepha [Pedro] como líder da igreja de Yerushalém - a única igreja na existência imediatamente depois da ascensão. Apesar de vários anos mais tarde, Paulo lista Yakov antes de Kepha e Yochanan como aqueles considerados "pilares" (styloi grego) da Igreja de Yerushalém. Eusébio registra que Clemente de Alexandria escreveu que Kepha, Yakov e Yochanan escolheu Yakov, o Justo como bispo de Yerushalém, mas Eusébio também submete Yakov à autoridade de todos os apóstolos. Pedro batizou Centurião, introduzindo gentios não circuncidados na igreja na Judéia. Paulo, Apóstolo ao gentios, muitas igrejas estabelecidas e desenvolveu uma teologia cristã. No Concílio de Yerushalém (c 49), Paulo argumentou que revogação de mosaico observâncias para os convertidos não-judeus. Quando Paulo relatou os eventos aos Gálatas (Gálatas 2: 9-10), ele se referiu apenas à memória dos pobres, em vez de transportar os quatro pontos do Concílio de Yerushalém (Atos 15: 19-21). James Dunn [71] regista o papel conciliador de Yakov como descrito em Atos na tensão entre Shaul [Paulo] e aqueles que pressionam a Lei de Moshe sobre os gentios.
De acordo com Eusébio, após a morte de Yakov a igreja de Yerushalém fugiram para Pella, Jordan para escapar do cerco do futuro imperador Tito, e em seguida, após a revolta de Bar Kokhba da igreja de Yerushalém foi autorizado a permanecer no renomeada Aelia Capitolina, mas especialmente a partir deste ponto em diante todos os bispos de Yerushalém tiveram que adotar nomes grego, em vez de nomes evidentemente judeu.
Estudiosos como: Pierre-Antoine Bernheim, [75] Robert Eisenman, Will Durant, Michael Goulder, [78] Gerd Ludemann, John Painter, [80] e James Tabor, argumentam a favor de alguma forma da continuidade da igreja de Yerushalém judaica para os 2º e 3º séculos, e que os ebionitas consideravam Yakov, o Justo como seu líder.
Contra isto estudiosos incluindo Richard Bauckham distingue a alta Cristologia praticada pela Igreja de Yerushalém sob Yakov com a baixa cristologia mais tarde adotada pelos ebionitas. Tabor argumenta que Ebionitas reivindicaram uma sucessão apostólica dinástica para os familiares de Yeshu. Epifânio relata que o Ebionitas em oposição o apóstolo Paulo, a quem viam como responsável ​dos cristãos gentios não têm que ser circuncidados, nem de outra forma seguir a Lei de Moisés [Moshe], e chamou-lhe um apóstata. Epifânio refere-se ainda que alguns Ebionitas alegou que Paulo era um grego que se converteu ao judaísmo para se casar com a filha de um alto sacerdote de Israel apostatou mas quando ela o rejeitou.
Como uma alternativa para a visão tradicional de Eusébio, que a Igreja de Yerushalém simplesmente tornou-se integrado com a igreja gentia, outros estudiosos, como Richard Bauckham, sugerem sucessores imediatos para a Igreja de Yerushalém sob Yakov e os parentes de Yeshu foram os Nazarenos [Nazoraeans], que aceitaram Paulo, enquanto os ebionitas eram um desdobramento depois do início do século 2.
Escritos ebionitas
Alguns escritos dos Ebionitas deve ter sobrevivido, e estes são em forma incerta. Os reconhecimentos de Clemente e Clementine Homilias, duas obras cristãs do século 3º, são considerados por consenso acadêmico geral, como em grande parte ou totalmente cristã judaica na origem e refletem as crenças cristãs judaicas. A relação exata entre os ebionitas e estes escritos é debatido, mas a descrição de Epifânio de alguns Ebionites em Panarion 30 tem uma impressionante semelhança com as idéias nos Reconhecimentos e Homilias. O erudito Glenn Alan Koch especula que Epifânio provável invocada uma versão das Homilias como um documento de origem. Alguns estudiosos também especulam que o núcleo do Evangelho de Barnabas, debaixo de uma sobreposição muçulmana medieval polêmica, pode ter sido baseada em um documento Ebionita ou gnóstico. A existência e origem desta fonte continua a ser debatida pelos estudiosos.
John Arendzen (artigo Enciclopédia Católica "ebionitas" 1909) classifica os escritos ebionitas em quatro grupos.
Evangelho dos Ebionitas
Irineu declarou que os ebionitas haviam usado o Evangelho de Mateus exclusivamente. Eusébio de Cesaréia escreveu mais tarde que eles usaram apenas o Evangelho dos Hebreus. A partir deste o ponto de vista minoritário de James R. Edwards (2009) e de Bodley bibliotecário Edward Nicholson ( 1879) afirma que houve apenas um evangelho hebreu em circulação, Evangelho dos Hebreus de Matthai. Eles também observam que o título Evangelho dos Ebionitas, nunca foi usado por qualquer pessoa no início da Igreja. Epifânio sustentou que o evangelho Ebionita utilizados, foi escrito por Matthai e chamou o Evangelho dos Hebreus. Porque Epifânio disse que não era totalmente concluído, mas falsificados e mutilados ..." [ escritores como Walter Richard Cassels (1877), e Pierson Parker (1940) consideram uma "edição" diferente do hebraico Evangelho de Matthai. No entanto, a evidência interna das cotações em Panarion 30.13.4 e 30.13.7 sugere que o texto era um Evangelho originalmente composto em grego.
Textos acadêmicos tradicionais, tais como a edição padrão dos Apócrifos do Novo Testamento editado por Wilhelm Schneemelcher geralmente se referem ao texto, e Jeronimo cita como usado pelos ebionitas como o Evangelho do Ebionitas, embora este não é um termo corrente na Igreja Primitiva.
Literatura Clementina
A coleção de livros apócrifos Novo Testamento conhecido como a literatura Clementina incluiu três obras conhecidas na antiguidade como os Circuitos de Pedro, os Atos dos Apóstolos e uma obra intitulada geralmente as Ascensão de Yakov. Eles são especificamente referenciado por Epifânio, em sua polêmica contra os ebionitas. Os primeiros livros nomeado são substancialmente contido nas Homilias de Clemente, sob o título de Compêndio de sermões itinerário de Pedro, de Clemente, e também nos Reconhecimentos atribuída a Clemente. Eles formam uma ficção didática Cristã cedo para expressar visões judaicas cristãs, ou seja, a primazia de Yakov, o Justo, a sua ligação com a sé episcopal de Roma, e seu antagonismo para Simon, o Mago, assim como doutrinas gnósticas. Estudioso Robert E. Van Voorst opina das subidas de James (R 1,33-71): "Não é, de fato, nenhuma seção da literatura Clementina sobre cuja origem no cristianismo judaico um pode ser mais certo". Apesar dessa afirmação, ele expressa reservas de que o material é genuinamente Ebionita na origem.
Symmachus
Symmachus produziu uma tradução da Bíblia Hebraica em grego koiné, que foi utilizado por Jeronimo e ainda existe em fragmentos, e sua obra perdida Hypomnemata, escrito para contrariar o Evangelho de Matthai canônico. Apesar de perder, a Hypomnemata é provavelmente idêntico ao De præceptorum distinctione mencionado por Ebede Jesu (Assemani, Bibl. Or., III, 1). A identidade do Symmachus como um Ebionita tem sido questionada em estudos recentes.
Elkesaites
Hipólito de Roma (c.230) relata que um judeu cristão, Alcibiades de Apamea, apareceu no ensino Roma a partir de um livro que ele alegou ser a revelação que um homem justo, Elkesai, tinha recebido de um anjo. Embora Hipólito suspeita de que Alcibíades era ele mesmo o autor. Pouco depois, Orígenes registra um grupo, o Elkesaites, com as mesmas crenças. Epifânio reivindicou o Ebionitas também usou este livro como uma fonte para algumas de suas crenças e práticas ( Panarion 30.17). Epifânio explica a origem do nome Elkesai ser aramaico El Ksai, significando Hidden Power [poder oculto] (Panarion 19.2.1). O erudito Petri Luomanen acredita que o livro ter sido escrito originalmente em aramaico como um apocalipse judaico, provavelmente na Babilônia, em 116-117.
Perspectivas religiosas e críticas
A visão cristã tradicional sobre os Ebionitas é parcialmente baseada na interpretação das opiniões polêmicas dos Padres da Igreja, que os retratados como hereges para rejeitar muitas das visões cristãs centrais de Yeshu, e alegadamente ter uma fixação indevida sobre a Lei de Moshe, a expensas da graça de Deus. Neste ponto de vista, os Ebionitas podem ter sido os descendentes de uma seita cristã judaica dentro da igreja de Yerushalém precoce, que se separou de sua teologia tradicional.
Movimentos modernos
O grupo contra-missionário judeus para o judaísmo menciona favoravelmente as Ebionitas históricos em sua literatura, a fim de argumentar que "judaísmo messiânico", como a promovido por grupos missionários, como Judeus para Jesus, é o cristianismo paulino que se desvirtua-se do judaísmo. Alguns messiânico grupos têm manifestado preocupação com os líderes em Israel que negam a divindade de Yeshu e o possível colapso do movimento messiânico devido a um ressurgimento do Ebionismo. Em uma polêmica recente, um líder messiânico perguntado se os cristãos devem imitar a Torah observância de "neo-Ebionismo".
O site "judaísmo vs cristianismo" rejeitam Paulo, e junto com ele, Pedro e Lucas (que reconhecem o ministério de Paulo), em favor de um cristianismo mais judeu.
Islam
Islam cobra do cristianismo com ter desvirtuado o monoteísmo puro de Yeshu através das doutrinas da Trindade e através da veneração dos ícones [imagens]. Paul Addae e Tim Bowes (1998) escrevem que os ebionitas eram fiéis aos ensinamentos originais de Yeshu e, assim, compartilhadas visão islâmica sobre a humanidade de Yeshu, embora a visão islâmica de Yeshu pode entrar em conflito com a visão de alguns Ebionitas sobre o nascimento virginal e a crucificação. Um dos primeiros homens a acreditar na profecia de Mohammed era um Ebionita monge chamado Waraqah ibn Nawfal, o primo distante de Mohammed, a quem os muçulmanos altamente honra como um homem piedoso com profundo conhecimento do cristão escrituras.
Ebionitas e Nazarenos: Acompanhando os seguidores originais de Yeshu
James D. Tabor
Recentemente escrevi sobre Yeshu, o "essênios" e os Manuscritos do Mar Morto, bem como vários lugares (aqui e aqui) destacando o papel de Yakov, irmão de Yeshu como líder dos seguidores judeus baseados em Yerushalém, os originais de Yeshu, a quem mesmo Paulo deu serviço de bordo como tendo autoridade primária. O que este movimento foi chamado ou apenas como ele se encaixa no espectro mais amplo de grupos e movimento judaicos no período do segundo Templo é uma questão complexa.
Josefo relata regularmente três principais seitas ou escolas do judaísmo: fariseus, saduceus e essênios, (War 2: 119; Antiguidades 13: 171; 18:11). Em uma passagem ele menciona um "quarto" filosofia que ele não rotula, mas se associa com Yehudah, o Galileu, e trata como uma espécie de "subconjunto" dos fariseus (Antiguidades 18:23). Em outro lugar ele parece se referir a este movimento como "zelotas", que parece ser uma denominação bastante solta para aqueles que participaram da primeira revolta contra Roma (War 2: 651; 7: 268). Ele menciona Yochanan [João Batista], Yakov, irmão de Yeshu, e o próprio Yeshu (uma uma passagem que tem sido fortemente interpolados), mas ele nunca rotula o grupo ou movimento.
Como o grupo por trás dos escritos sectários de Manuscritos do Mar Morto, os primeiros seguidores de Yeshu, aparentemente, não use um rótulo dominante auto-identificação, mas preferiu uma variedade de termos descritivos. As cartas de Paulo são nossas fontes mais antigas, que datam do 50s CE, e ele nunca "nomes" de seus seguidores ou o movimento como um todo, mas usa frases como "os crentes" ou aqueles "em Cristo" (1 Tessalonicenses 1: 7, 2 : 10; 1 Coríntios 14:22; Romanos 16: 3, 7, 9; 1 Tessalonicenses 4:16).
De acordo com o livro de Atos, que vem no final do primeiro século, os seguidores de Yeshu foram chamados, ou talvez chamavam a si mesmos, "o Caminho" (Atos 9: 2; 19: 9, 23; 24:14, 22). O termo "cristão" ou "cristãos" é mencionado duas vezes, mas apresentado como uma designação recém-formados, provavelmente vindo de fora, como o movimento se espalhou para o norte para Antioquia da Síria (Atos 11:26; 26:28). É certamente surpreendente para muitos a perceber que o termo "cristão" só ocorre uma outra vez em todo o Novo Testamento, em uma de nossas fontes mais recentes (1 Pedro 4:16). Esta é, no entanto, o nome que aparentemente preso como ele aparece em nossas primeiras fontes romanas mencionar o movimento, ou seja, Suetônio, Tácito, Plínio, o Jovem, Luciano, e Galeno. É um nome grego, e não um hebraico ou um aramaico, mas, infelizmente, o termo português encobre o que era provável a conotação mais original do termo, o que se traduziria mais ou menos como algo como "Messianista."
Há, contudo, uma referência no livro de Atos para um nome hebraico para o movimento de Yeshu que poderia ter sido bem mais antigo em sua denominação formal. Paulo, em julgamento perante o Governador romano Félix, é referido como sendo "o líder da seita dos nazarenos" (Atos 24: 5). Se este termo foi usado por para rotular o grupo, ou dentro do próprio movimento, é difícil saber. Associado ao termo "Nazarenos" é uma segunda designação hebraico, ou seja, Ebionitas, que também foi aparentemente utilizado para os primeiros seguidores de Yeshu, principalmente judeus.
Este movimento Ebionita / Nazareno foi formada por seguidores em sua maioria judeus de Yochanan [João Batista ] e depois, Yeshu, que estavam concentrados na Palestina e regiões vizinhas e liderada por "Yakov, o Justo" (o irmão mais velho de Yeshu), e floresceu entre os anos 30 -80 EC. Não judeus foram certamente parte da mistura, mas do grupo etnico dominante, foi de uma adesão a que Paulo chamou judaizante a viver de acordo com a lei judaica (Gálatas 2:14). Eles eram zelosos da Torá e continuou a observar as mitzvot (mandamentos), como esclarecido pelo seu rabino e professor. Os não-judeus em seu meio foram aparentemente esperado para seguir alguma versão do leis de Noah (Atos 15: 28-29). O termo Ebionita (do hebraico 'Evyonim) significa "pobres" e foi talvez relacionado com os ensinamentos de Yeshu: "Bem-aventurados vós, os pobres, porque vosso é o Reino de Deus", baseado em Isaías 66: 2 e outros textos relacionados que abordar um grupo remanescente de fiéis. Estou convencido de que Nazareno vem da palavra hebraica Netzer (tirada de Isaías 11: 1) e significa "um ramo" então os nazarenos foram o ramos ou seguidores do que eles acreditavam ser o ramo que é o Messias davídico. Muitas vezes, é confundido com uma palavra completamente diferente, Nazireu ou Nazir, que se refere a indivíduos, homens ou mulheres, não um grupo, que assumiu um voto especial baseado em Números 6. Os dois termos podem soar tanto em português são escritas de forma diferente em hebraico.
Se eu estivesse adivinhando eu pensaria na designação Nazareno foi provavelmente usada por pessoas de fora do grupo, enquanto que o termo Ebionita foi mais provável usado dentro do grupo como uma auto-descrição. Parece significativo que a comunidade do Mar Morto também usou este termo Ebionita ou "pobres" para se referir a seu próprio movimento (CD 19: 9; 1QSb 5:21). Este movimento, que Josefo e outros rotular como essênio (possivelmente de 'OSSIM, que significa "Fazedores de Torah"), que escreveu ou recolhidos os Manuscritos do Mar Morto, foi pioneiro em certos aspectos desta "maneira" mais de 150 anos antes do nascimento de Yeshu. Eles eram do deserto (no Arava, perto do Mar Morto baseado em Isaías 40: 3), batizando (mikveh de arrependimento como a exigência de entrada na sua comunhão), novo convênio, grupo messiânico / apocalíptico. Eles acreditavam que eles eram a última geração e viveria para ver o fim e a vinda do Messias de Aarão e de Israel (os dois ungidos-sacerdote e rei). Eles se viam como o núcleo remanescente de Deus para as pessoas que preparam fiéis o caminho para o retorno da Glória YHVH (Kavod), como estabelecido em Isaías 40-66. Eles também se referiram como o caminho, os pobres, os santos, os do novo pacto, filhos da luz, e assim por diante. Talvez a sua designação mais comum foi o Yachad a fraternidade ou comunidade, e eles se referiram como irmão e irmã. Eles faziam amargamente oposição aos sacerdotes corruptos em Yerushalém, para os Herodes, e até mesmo para os fariseus a quem consideravam como comprometidos com esse estabelecimento para obter poder e influência dos poderes romanos helenísticas. Eles tinham sua própria Halacha desenvolvidos (na interpretação do Torah), alguns aspectos dos quais Yeshu prega (ideal de nenhum divórcio, não usando juramentos, etc.). Eles seguiram quem chamavam o verdadeiro professor (Mestre de Justiça), a quem a maioria dos estudiosos acreditam que viveu no primeiro século aC e se opôs e possivelmente morto pelo Hasmonean rei / Sacerdotes por instigação dos fariseus. Yochanan [João Batista] parece surgir fora deste contexto e reacender o fervor apocalíptico do movimento nas primeiras décadas do século I dC. Yeshu se juntou a este movimento e continua a ser a nossa melhor visão sobre o mundo conceitual de um apocalíptico, messiânico, movimento deste período, semelhante ao movimento de Yeshu.
A variedade de auto-designações usadas pelo movimento Yochanan / Yeshu / Yakov, muitos dos quais já havia sido usado pelos Essênios, é revelador. Na verdade, pode-se chamar o movimento de Yeshu um maior desenvolvimento messiânico "Essenismo", modificada pela influência poderosa e profética de Yeshu como Mestre e a liderança de Yakov, seu irmão por quase 40 anos.
Mais tarde, quando o cristianismo desenvolvido nos 3º e 4º séculos e, gradualmente perdeu suas raízes e herança judaica, em grande parte cortando suas conexões pátria, o Gentil, historiadores da Igreja Católica Romana começou a se referir aos Ebionitas e nazarenos como dois grupos-e separados de fato, pelo final do século 2 pode ter havido uma divisão entre esses seguidores em sua maioria judeus de Yeshu. A distinção destes escritores fazem (e lembre-se, eles universalmente desprezam essas pessoas e os chamam de judaizantes), é que os ebionitas rejeitam Paulo e da doutrina do nascimento virginal ou "divindade" de Yeshu, utiliza apenas o hebraico Evangelho de Matthai, e são, portanto, mais extremo em seu judaísmo. Eles descrevem o nazarenos mais positivamente como aqueles que aceitam Paulo (com cautela) e acreditam em algum aspecto da divindade de Yeshu, até possivelmente, no nascimento virginal, mas o via como "adotado" como Filho de Deus no seu batismo. O que temos que ter em mente ao ler esses relatos dos pais da igreja é que eles são fortemente prejudicados contra qualquer forma de que eles chamam de "judaizar" entre os cristãos e eles compartilham a opinião de que "o cristianismo" substituiu o judaísmo inteiramente ao derrubar a Torah para tanto gentios e judeus.
Acredito que é melhor hoje, usar o termo coletivo Ebionita / Nazareno em uma tentativa de capturar todo este movimento mais antigo, e seria útil para reviver o termo Yachad como designação colectiva para a comunidade do Hassidim / Santos. Ebionita / Nazareno é uma boa designação histórica para se referir aqueles originais, do primeiro século, em sua maioria judeus, seguidores de Yeshu, reunidos em torno de Yakov, irmão de Yeshu em Yerushalém, que eram zelosos da Torah, mas se viam como parte da Nova Aliança caminho inaugurado por seu "Verdadeiro Mestre" Yeshu. Yakov é uma figura-chave e negligenciado em todo este quadro. Como o irmão de sangue de Yeshu, a autoridade e os direitos de liderança foram passados para ele. Quando ele foi brutalmente assassinado em 62 dC pelo Sumo Sacerdote Ananus (veja Josefo, Antiguidades 20.197ff), Simeon, um segundo irmão ["primo" de acordo com Hegesipo] de Yeshu assumiu a liderança do movimento baseado Yerushalém. É evidente que temos a idéia aqui de uma dinastia de linha de sangue, e de acordo com o Evangelho de Thomah, descoberto em 1946 no Egito superior, esta sucessão dinástica foi ordenado pelo próprio Yeshu, que diz a seus seguidores que lhe pedirem que vai levá-los quando ele sai : "Não importa onde você está, você está para ir para Yakov, o Justo, por quem o céu e a terra surgiu" (Evangelho de Thomah). Na verdade, quando Simeon foi crucificado pelo imperador Trajano em torno de 106 dC, um Yehudah, talvez um terceiro irmão idade de Yeshu, ou pelo menos um parente próximo da linhagem, assumiu a liderança da comunidade.
Tanto quanto "crenças" dos ebionitas, os documentos do Novo Testamento, criticamente avaliados, são os nossos melhores fontes, incluindo algumas das tradições fragmentadas ainda incorporados no livro de Atos (7: 37-53). Existem fragmentos e citações sobreviventes de sua tradição hebraico Evangelho (ver ver AFJ Klijn, tradição judaico-cristã evangélica, EJ Brill, 1992), os chamados materiais Pseudo-Clementinos, bem como algumas das tradições refletidas em textos como o "hebreu de Matthai" preservado por Ibn Shaprut, e agora publicado em uma edição crítica por George Howard (O hebraico Evangelho de Mateus, Mercer University Press, 1995). Baseado no que nós podemos confiantemente juntos a partir destas fontes, podemos dizer o movimento Ebionita ou Nazareno poderia ser distinguida pelos seguintes pontos de vista:
1) Yeshu como um ser humano com pai e mãe, mas designado como um "profeta como Moshe", ou "o Ungido do Espírito", que será revelado em poder como o "Filho do Homem vindo sobre as nuvens do céu", seguindo sua rejeição e morte (Atos 07:37; Lucas 4: 18-19; Marcos 10: 35-45; 13: 26-27).
2) Desdém para comer carne e até mesmo o abate de animais no Templo, preferindo os ideais da dieta pré-Dilúvio e o que eles tomaram para ser o ideal original de adoração (ver Gênesis 9: 1-5; Jeremias 7: 21-22; Isaías 11: 9; 66: 1-4). Isso reflete um interesse geral na busca do "caminho" refletido na revelação pré-Sinai, especialmente o tempo de Enoque até Noah. Por exemplo, o divórcio foi evitado, como violar o ideal edênico, embora tecnicamente mais tarde foi permitido por Moshe (Marcos 10: 2-11).
3) Dedicação ao seguir toda a Torá, conforme aplicável a Israel e aos gentios, mas através do "jugo suave" ou a "Torá da liberdade" do seu Mestre Yeshu, que enfatizou o espírito dos profetas bíblicos em uma restauração da " verdadeira fé ", veredas antigas (Yirmiah 06:16, Matthai 11: 28-30; Yakov 2: 8-13; Matthai 5: 17-18; 9:13; 12: 7), a partir do qual, de modo geral, eles acreditavam que o estabelecimento de grupos judeus do segundo Templo tinha partido.
4) A rejeição das "doutrinas e tradições" dos homens, que eles acreditavam que haviam sido acrescentados à pura Torah de Moshe, incluindo as alterações dos copistas dos textos da Escritura (Yirmiah 8: 8).
Em geral, o movimento chegou a ter uma visão muito negativa de Paulo como um "apóstata da Torah", embora seja possível que, nos 2º e 3º séculos havia ramos dos nazarenos que estavam mais tolerante de Paulo como o "apóstolo os gentios ", mas que, como judeus, no entanto, insistiu na observância da Torah.
Para saber muito mais sobre o movimento original de Yeshu é liderada por Yakov, irmão de Yeshu, sua relação com a seita Rolos do Mar Morto, e os ebionitas e sua história subsequente, ver Robert Eisenman, Yakov, irmão de Yeshu (Penguin , 1998). Há uma nova edição abreviada deste trabalho bem aqui, mas eu recomendo o original para estudantes sérios do cristianismo primitivo. Ligar o "cristianismo judaico" de forma mais geral, veja HJ Schoeps, cristianismo judaico (Philadelphia: Fortress Press, 1969), fora de catálogo, mas ainda útil para os alunos como uma introdução geral. Para uma interpretação moderna dos ideais ebionitas, refletindo as idéias pacíficos do vegetarianismo e não-violência, ver Keith Akers, The Lost Religião de Yeshu: Vida simples e Não-Violência no cristianismo primitivo (Lanterna Livro, 2000). Finalmente, há um ativo movimento "Ebionita" hoje, que procura reviver e refletir essas perspectivas antigas.
Ebionitas Primitivos
Por meio das sobreviventes fontes do cristianismo primitivo temos conhecimento de um grupo de “cristãos” que eram denominados Ebionitas. A origem do nome não é certa, pois duas teorias são conhecidas: o grupo teria esse nome por causa do seu fundador Ebion; em função da característica de pobreza do grupo, herdando do hebraico a palavra “ebyon” como descrição da identidade do grupo.
A primeira teoria teria nascido com Tertuliano, que supunha que “que toda heresia começa com um herege que pode ser nomeado” (ERHMAN, Bart, Evangelhos Perdidos. pp.152). No décimo quarto capítulo do documento chamado On The Flesh of Christ, Tertuliano fala sobre a possibilidade de inferioridade de Cristo, por ter sido ele feito inferior aos anjos no texto de Hebreus. Nesse contexto, enquanto ainda considera as possibilidades, Tertuliano diz: “Essa opinião seria bem confortável para Ebion, que defende que Yeshu é um mero homem, e nada mais que um descendente de David” (On The Flesh of Christ, cap.14; cf. cap.18 e 24 – Tertuliano também faz descrições sobre Ebion no terceiro capítulo da sua obra Aginst all Heresies).
Já a segunda parece ter sido endossada por Orígenes, que fala que os Ebionitas “derivam a apelação de pobres para o próprio nome deles (uma vez que Ebion significa pobre em hebraico)” (De Principiis, Livro 4, Cap.1). Entretanto, Orígenes também apresenta sua opinião com certo sarcasmo, pois sabendo do significado da palavra hebraica ele os satiriza por dizer ou que seu nome deriva da pobreza da lei (Against Celsus, Livro 2, Cap.1) ou que deriva da pobreza do seu intelecto (De Principiis, Livro 4, Cap.1). Essa descrição ofensiva também foi adotada por Eusébio de Cesaréia, que no encerramento do capítulo que trata dos Ebionitas diz: “Assim, em conseqüência geral de tal curso, também receberam seu nome, o nome de ebionitas, manifestando a pobreza do seu intelecto. Pois é assim que os hebreus chamam ao pobre” (CESARÉIA, Eusébio, História Eclesiástica. Livro 5, cap. 27).
Muito embora a segunda possibilidade tem sido normalmente aceita como a que representa a verdade sobre o grupo, a razão certamente não é pela pobreza da lei ou do intelecto dos seus adeptos, mas à sua postura de simplicidade ante a vida.
QUEM ERAM OS EBIONITAS?
Os ebionitas eram um grupo de judeus que se entendiam seguidores de Khristo (ERHMAN, Bart, Evangelhos Perdidos. pp.153). No cristianismo primitivo dois grupos de judeus cristãos são claramente identificados: os que eram praticamente ortodoxos, mas do ponto de vista prático falhavam na busca por seguir toda a lei, e aqueles que adotavam uma cristologia deturpada. Os ebionitas normalmente são incluídos no segundo grupo (EHRMAN, Bart, The Ortodox Corruption of the Scripitures. PP.50), mas sabe-se que, como judeus que eram (ou até mesmo adeptos do judaísmo), também buscavam guardar toda a lei.
Eusébio de Cesaréia reconhece a categorização dos ebionitas no segundo grupo de judeus cristãos primitivos, e sobre eles fala: “O espírito de perversão, porém, sendo incapaz de mover alguns em seu amor a Khristo, mais ainda os considerando suscetíveis a suas impressões em outros aspectos, persuadiu-os para seus próprios propósitos. Esses são devidamente chamados ebionistas pelos antigos, como os que abrigavam opiniões inferiores e simplórias a respeito de Cristo” (CESARÉIA, Eusébio, História Eclesiástica. Livro 5, cap. 27)
Os ebionitas tinham duas características marcantes: se diziam pobres (no aspecto financeiro) e eram vegetarianos. Como defesa do seu voto de pobreza, o evangelho que eles usavam dizia: “Yeshu lamentava a atitude daqueles que, vivendo nas riquezas e nos prazeres, não davam coisa algum aos pobres. Recriminava-os dizendo que haveriam de dar contas por não terem compadecido daqueles a quem deviam amar como a si mesmos, nem sequer quando os viam mergulhados na miséria” (Recognitiones 2, 29 – Documento Pseudoclementido do início do terceiro século). O que se destaca nesse texto é que:
(1) Em primeiro lugar essa sentença não é encontrada nos evangelho canônicos e parece um adendo ebionita ao evangelho que dispunham
(2) Em segundo lugar, há claras influências interpretativas sobre quem é o próximo que Yeshu teria ensinado a amar como a si mesmos. Não temos evidências nos evangelho canônicos de que o próximo, para Khristo, eram apenas os pobres.
Para defender seu vegetarianismo, os ebionitas alteraram os evangelhos canônicos em duas ocasiões:
(1) Quando eles descrevem Yochanan [João Batista] como alguém que se alimentava de gafanhotos e mel silvestre. No Evangelho dos Ebionitas lê-se: “Seu alimento, diz ele, era mel silvestre, de gosto semelhante ao do maná, como se fosse bolo preparado em azeite” (Epifânio, Heresias, 30.13).
(2) E na ocasião em que os discípulos pergunta a Khristo onde ele teria interesse em comer o Cordeiro Pascal: “Onde queres que preparemos para comeres a Páscoa? E que Ele, da sua parte, respondeu: Por acaso, desejei comer carne convosco nessa Páscoa?” (Epifânio, Heresias, 30.22)
Entretanto, também sabemos que os Ebionitas eram judeus zelosos com a prática da lei, como judeus que eram, ou se diziam. Por outro lado, mantinham o domingo como dia central da fé, como os cristãos primitivos também entendiam. O mesmo Eusébio reconhece isso: “Também observavam os sábado e outras disciplina dos judeus, exatamente como eles, mas por outro lado também celebravam o Dia do Senhor como nós, para comemorar a ressurreição” (CESARÉIA, Eusébio, História Eclesiástica. Livro 5, cap. 27).
O mais interessante sobre esse grupo é que eles clamavam para si mesmo o serem representantes da fé primitiva dos apóstolos originais de Khristo (ERHMAN, Bart, Evangelhos Perdidos. pp.153) e que como os primeiros seguidores de Khristo, ele trabalhavam para preservar não apenas a identidade e os costumes judaicos (EHRMAN, Bart, The Ortodox Corruption of the Scripitures. PP.51), mas a verdade que Khristo teria a defender, pois Ele veio para cumprir a lei e os profetas (Qual o texto autêntico do Evangelho de Matthai? – cf. Mt.5.17).
COMO ELES ENTENDIAM A SALVAÇÃO?
Em uma forma de cristianismo similar a dos judaizantes combatidos por Paulo em Gálatas, os ebionitas “pregavam que, para seguir Yeshu, era necessário ser judeu” (EHRMAN, Bart, O que Jesus disse? O que Jesus não disse?. pp.166), até por que, para os ebionitas, o segredo de Khristo era para ele e para os seus, isto é, para os judeus. Isso significava que o homem deveria ser circuncidado, e que todos deveriam respeitar o Sabá a dieta de kosher (ERHMAN, Bart, Evangelhos Perdidos. pp.153). De alguma forma, apregoavam a salvação pela identificação prática dos princípios judaicos, ou seja, a salvação era conquistada pessoalmente pela obediência. Eusébio de Cesaréia defende exatamente isso: “Entre eles a observância da lei era totalmente necessário, como se não pudessem ser salvos só pela fé em Khristo” (CESARÉIA, Eusébio, História Eclesiástica. Livro 5, cap. 27).
Quando observamos a partir desse ponto de vista, precisamos nos perguntar qual a validade da morte de Cristo então? Para os ebionitas, a morte de Khristo era o cumprimento final de sua obra messiânica recebida da parte de Deus, mas ela era apenas relacionada ao cumprimento das profecias do Antigo Testamento. Não há valor redentor, pois a verdadeira fé (segundo eles) era a identificação com a prática judaica.
Entretanto, eles não acreditavam que eram necessários os sacrifícios de animais, pois o sacrifício de Khristo teria sido perfeito nesse sentido. Epifânio, de quem herdamos grande parte do texto do Evangelho dos Ebionitas, cita uma frase supostamente dita por Khristo, não encontrada em nenhum dos evangelhos canônicos, no qual demonstra a necessidade de se encerrar os sacrifícios de animais: “Vim abolir os sacrifícios e se não deixardes de oferecer sacrifícios, não se afastará de vós a minha ira” (Heresias, 30, 16).
Dessa forma, podemos compreender que, no que se refere a salvação, não eram necessários os sacrifícios rituais do judaísmo exigidos pela Lei, pois o sacrifício de Khristo teria sido suficiente. Por outro lado, a salvação pessoal dependida da identificação com os costumes judaicos e da obediência da Lei, como exigidos pela Lei. Assim, a salvação é uma aquisição pessoal exemplificada por Khristo.
COMO ELES ENTENDIAM A KHRISTO?
A essa pergunta Eusébio responde: “Eles o consideravam homem simples e comum, justificado apenas por seus progressos na virtude e seu nascimento de Mariam por geração natural” (CESARÉIA, Eusébio, História Eclesiástica. Livro 5, cap. 27). Luis Berkhof, quando fala sobre os ebionitas diz que eles “o [Khristo] consideravam como simples homem, filho de Yoseph e Mariam” (BERKHOF, Louis, Teologia Sistemática, pp.281). Ou seja, ele era “um ser humano real, de carne e osso como todos nós, que nasceu como o filho mais velho da união sexual de seus pais” (ERHMAN, Bart, Evangelhos Perdidos. pp.154).
Muito embora fosse um homem como qualquer outro, ele teria sido “qualificado em seu batismo para ser o Messias, pela descida do Espírito Santo sobre ele” (BERKHOF, Louis, Teologia Sistemática, pp.281). Esse é o aspecto central da doutrina ebionita: Khristo como adotado filho de Deus em seu batismo. Para que isso ficasse evidente, no evangelho que dispunham encontra-se o seguinte relato do batismo:
“Veio também Yeshu e foi batizado por Yochanan. E quando saiu da água, abriram-se os céus e Yochanan viu o Espírito Santo, em forma de Pomba, baixar e penetrar nele. Veio uma voz do céu e disse: ‘Tu és o meu filho, o amado; em ti encontro minha alegria’. E de novo: ‘Eu hoje te gerei’. No mesmo instante uma grande luz iluminou o lugar. E como está escrito, Yochanan, ao ver Yeshu, lhe pergunta: ‘Quem és tu?’ Ouviu-se de novo uma voz do céu que lhe disse: ‘Este é o meu filho, o amado; nele me regozijo” (Epifânio, Heresias, 30.13)
Nesse trecho temos clara evidência da doutrina ebionita: Yeshu como adotado como Filho na ocasião do batismo. Alguns fatos interessante poderiam ser demonstrados:
(1) Yochanan viu o espírito penetrar em Yeshu em forma de pomba. Talvez essa seja uma forma a aludir o que de fato as escrituras ensinam sobre o assunto, mas a descrição parece sugerir que o texto que dispunham era composto com os olhos em algum texto canônico;
(2) A repetição da identificação de Yeshu como filho nesse texto, sugere que a preferência ebionita para a ocasião da adoção de Yeshu como Filho de Deus é de fato o batismo;
(3) A expressão “Eu hoje te gerei” nesse contexto confirma as duas suposições anteriores: seja quem for o autor, ele tem em mãos mais de um evangelho canônico e defende o adocionismo exatamente nessa ocasião. A razão para se defender isso é que a expressão em referência é a leitura variante encontrada em Lucas 3.22, adotada a parir de Salmos.2.7, texto usado para a coroação de um Rei.
Os ebionitas não adotavam a noção da preexistência de Cristo, mas o consideravam como “o Messias judeu, enviado pelo Deus judeu para o povo judeu, em cumprimento das escrituras judaicas” (ERHMAN, Bart, Evangelhos Perdidos. pp.153). E como ser humano normal que era o que o distinguia de todas as outras pessoas “foi o fato de que ele guardou a Lei de Deus perfeitamente, e por isso foi o homem mais íntegro sobre a face da terra. Assim, Deus o escolheu para ser seu filho e confiou a ele uma missão especial: sacrificar-se pelo bem de outrosYeshus foi, então, para a cruz, não como punição pelos seus próprios pecados, mas pelos pecados do mundo, um sacrifício perfeito em cumprimento de todas as promessas de Deus para seu povo, os judeus, nas Escrituras Sagradas. Como sinal de aceitação do sacrifício de Yeshu, Deus o ressuscitou dentre os mortos e o glorificou, elevando-o ao Paraíso” (ERHMAN, Bart, Evangelhos Perdidos. pp.154).
Sobre a origem de Yeshu, Epifânio diz que eles o entendiam não como “gerado de Deus Pai, mas criado como um dos arcanjos, sendo, contudo, superior a eles. Declaram que ele tem domínio sobre os anjos e sobre tudo o que foi criado pelo Todo-Poderoso” (Heresias, 30.16).
Essa declaração de Epifânio nos auxilia a compreender que mesmo os ebionitas, como adocionistas, também tinha suas divergências, uma vez que não é possível que um homem comum também fosse criado como um arcanjo. De alguma forma, é bem provável que as heresias primitivas exercessem influência umas às outras. Assim, a noção mais ariana de Cristo também parece ter passado por algum grupo ebionita do período de Epifânio.
O QUE ELES CONSIDERAVAM ESCRITURA?
No período do surgimento do ebionismo não se tinham definido o Canon das escrituras e debates para a busca da validade de documentos cristãos estavam fluindo por todo o mundo antigo. Os ebionitas não eram exceção a esse fato: Eles também alegavam serem representantes da verdade, por que entendiam que as escrituras, como fonte para a verdade, de modo diferente da ortodoxia cristão nos primeiros séculos.
Como os ebionitas eram judeus ou judaizados, era óbvio que “consideravam a Bíblia hebraica (o Velho Testamento) como a Escritura por excelência” (ERHMAN, Bart, Evangelhos Perdidos. pp.155). É por isso que eram reconhecidos pela pregação da obediência irrestrita da Lei. Mas, além disso, para os ebionitas o VT era compreendido como a fonte correta para conhecer as intenções de Deus para seu povo.
Talvez, por essa razão, os ebionitas consideravam Paulo como um herege, um inimigo da fé. Ele representava um auto-proclamado apóstolo que teria vindo ao mundo para deturpar a fé, até por que, Paulo insistia que a circuncisão não era necessária para os cristãos. Ehrman, sobre a relação entre Paulo e os ebionitas, diz: “Na verdade, para eles Paulo estava errado não apenas com relação a alguns detalhes menores: ele era o arquiinimigo, o herege que desviou muitos ao insistir que uma pessoa pode ser correta com Deus em guardar a Leu e ao proibir a circuncisão, o ‘sinal do pacto’, para os seguidores” (ERHMAN, Bart, Evangelhos Perdidos. pp.155). Entretanto, Eusébio parece ter conhecimento mais abrangente desse assunto, pois segundo o seu relato sobre os ebionitas, todas as epístolas dos apóstolos deviam ser rejeitadas: “Esses, de fato, por um lado pensavam que todas as epístolas dos apóstolos deviam ser rejeitadas, chamando-os de apóstata da lei, mas por outro lado, usando apenas o evangelho segundo os Hebreus, consideravam os outros de pouco valor” (CESARÉIA, Eusébio, História Eclesiástica. Livro 5, cap. 27).
Sobre que parte do NT os ebionitas aceitavam há relativa divergência: Eusébio chama o documento aceito por eles de Evangelho segundo os Hebreus; Epifânio diz que eles o chamavam de Evangelho dos Ebionitas, dos Doze, ou Evangelho Hebraico, mas acredita que era uma versão do Evangelho de Matthai (Heresias, 30.3); o que se sabe com relativa certeza é que o documento utilizado pelos ebionitas não era o atualmente conhecido Evangelho dos Hebreus, embora tivesse semelhanças com ele. Seja qual for o documento, é bem provável que Epifânio esteja correto em sua defesa, uma vez que todos os evangelhos mencionados se parecem com alguma forma deturpada dos evangelhos canônicos. (ERHMAN, Bart, Evangelhos Perdidos. pp.156)
Para compreender esse dilema, recorremos às declarações de Epifânio sobre o texto ebionita, que segundo ele teria sido adquirido de um grupo de ebionitas. Sobre o documento, ele diz: “No evangelho usado pelos ebionitas, denominado ‘segundo Matthai’ – que, no entanto, não é íntegro e completo, mas adulterado e mutilado” (Heresias, 30.13).
No que se refere a mutilação, os ebionitas não possuíam os dois primeiros capítulos do Evangelho de Matthai. Epifânio diz que o evangelho deles tinha início com a história de João Batista [Yochanan]. Ehrman entende que isso acontecia por que eles rejeitavam, tanto a preexistência como a idéia do nascimento virginal. (ERHMAN, Bart, Evangelhos Perdidos. pp.155). Entretanto, mesmo o início desse suposto evangelho tem suas divergências com os evangelhos canônicos: “Aconteceu que nos dias de Herodes, rei da Judéia, Yochanan começou a batizar com um batismo de penitência no rio Jordão. Dizia-se que ele era descendente do sacerdote Aarão e filho de Zacarias e de Isabel” (Heresias, 30, 13). A noção do tempo parece em conformidade com os evangelhos canônicos, contudo, é claramente um acréscimo interpretativo o tipo de batismo usado por Yochanan o Batista e sua ascendência.
No que se refere à adulteração, já temos citado alguns exemplos: A questão de quem é o próximo, a alimentação de Yochanan o Batista, a rejeição de Yeshu em comer o cordeiro pascal e a cena do Batismo. Porém, para que fique evidente, gostaria de observar a cena do batismo novamente:
“Veio também Yeshu e foi batizado por Yochanan. E quando saiu da água, abriram-se os céus e Yochanan viu o Espírito Santo, em forma de Pomba, baixar e penetrar nele. Veio uma voz do céu e disse: ‘Tu és o meu filho, o amado; em ti encontro minha alegria’. E de novo: ‘Eu hoje te gerei’. No mesmo instante uma grande luz iluminou o lugar. E como está escrito, Yochanan, ao ver Yeshu, lhe pergunta: ‘Quem és tu?’ Ouviu-se de novo uma voz do céu que lhe disse: ‘Este é o meu filho, o amado; nele me regozijo” (Epifânio, Heresias, 30.13)
Os evangelho canônicos apresentam que a voz vinda do alto teria se pronunciado apenas uma única vez, mas, em cada um dos relatos essa voz teria dito algo diferente: “Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo” (Mt.3.17); “Tu és o meu Filho amado, em ti me comprazo” (Mc.1.11); “Tu és o meu Filho amado, em ti me comprazo” (Lc.3.22). Observe que em Mateus a voz fala com a multidão (Este é), enquanto os dois outros registros se dirigem ao Filho (Tu és). O que me deixa um pouco espantado é o fato de que a voz também tenha dito “Eu hoje te gerei”, leitura variante para o final do verso 22 de Lucas 3 (D, ita, (itb), itc, itd, itff2, itl, itr1, Diogeneto, Justino, (Clemente σύ ἀγαπητός), Methodius, Orígenes, Juvencus, (Ambrosiaster), Faustus-Milevis, Hilario, Constituição Apostólica, Tyconius, Mss LatinosAugustinho).
Ou seja, na tentativa de tentar compreender o que de fato a voz teria dito, o evangelho dos ebionitas teria inserido cada uma versões canônicas em um só relato. Como a tentativa de harmonizar os evangelhos é relativamente antiga (cf. Diassetaron), não é de se estranhar que algo desse tipo houvesse acontecido aqui. O que é surpreendente é que, quem quer que tenha sido o autor, teve acesso aos documentos canônicos e não apenas os rejeitou, mas os adaptou à suas convicções.
OS EBIONITAS ERAM UM GRUPO EXPRESSIVO?
No que se refere ao alcance da doutrina ebionita nos primeiros séculos não podemos afirmar com certeza sua expansão geográfica ou expressão ideológica. O fato de que autores Latinos e Gregos os terem confrontado sugere que não estavam limitados à região da Palestina. Já o fato de que não são pouco os pais da igreja (Inácio, Irineu, Eusébio, Tertuliano, Hipólito, Orígenes, Epifânio) que desprendem energia para confrontá-lo sugere que os ebionitas eram hereges que mereciam confrontação. Entretanto, como a quantidade de informação nos pais da igreja é bem pequena, sugere que eles era um grupo ideológico de pouca expressão. Já, a não sobrevivência de nenhum dos seus documentos sugere que o ebionismo foi uma deturpação do cristianismo que não sobreviveu ao tempo (muito embora exista um ebionismo moderno sobrevivente – sobre esse falaremos mais em um outro artigo).
Ou seja, o ebionimo, ainda que pudesse ser encontrado em outras regiões e ter sido acessível a judaizados que liam grego, não representa um grande grupo do cristianismo primitivo. Ao que as evidências indicam, é bem provável que fossem pequenos grupos espalhados em algumas regiões do mundo e ainda assim, um grupo de pouca expressão.
Passo a apresentar os ebionitas como “cristãos” entre aspas por razões óbvias: ainda que se considerem como tal, ou que alguns dos comentaristas citados nesse texto os considere como tal, não os entendo como cristãos.

Cada um tem o seu ponto de vista, o protestante jamais ira concordar com os Ebionitas, porque o protestante é um Católico Romano disfarçado, porque prega os ensinos do Catolicismo Romano, que Deus Encarnou, ao contrario dos Ebionitas que afirmam que Yeshu é o filho do homem, um profeta. Eu creio que os Ebionitas eram cristãos verdadeiros porque não falsificaram a palavra de Deus para criar o Dogma do Deus Encarnado.
NOTA - Muitos poderão perguntar porque que o Ebionismo não sobreviveu, veja bem o que aconteceu, os Ebionitas eram odiados pelos cristãos não-judeus por serem judeus, e eram odiados pelos judeus que os consideravam como cristãos, a Igreja Catolica não permitiu que essa doutrina se propagasse e minasse a fé católica.

A paz do Senhor Yeshu Khristo seja convosco