YESHU TEVE UMA PREEXISTÊNCIA?
5 και νυν δοξασον με συ πατερ
παρα σεαυτω τη δοξη η ειχον προ
του τον κοσμον ειναι παρα σοι
Acima, o texto do evangelho de Yochanan (João) 17:5 em grego.
E, da versão Almeida Revista e Corrigida, 63ª Impressão 1986, transcrevemos o que segue:
E agora, glorifica-me tu, ó Pai, junto de ti mesmo, com AQUELA GLÓRIA QUE TINHA CONTIGO antes que o mundo existisse. (João 17:5).
O texto acima citado, tem sido usado por quase todos os teólogos trinitários para tentar provar a divindade ,e preexistência, de Yeshu, o Messias.
Procuraremos, através deste modesto estudo, tentar esclarecer, ao amado leitor, qual é o verdadeiro sentido deste texto; mas para tanto, é necessário primeiramente, estudarmos, a etimologia (origem) e os diversos sentidos da palavra em questão, ou seja: doxa - glória.
Nas Escrituras Hebraicas, a palavra que mais vezes tem sido traduzida por glória é: Kavódh, a qual basicamente tem o sentido de “peso”, o que dá peso. (Veja I Samuel 4.18, onde o adjetivo aparentado é traduzido [dbk] pesado). De modo que a glória pode se referir àquilo que faz a pessoa ou a coisa parecer poderosa ou impressionante, tal como a riqueza material (Sl 49:16-17), posição ou reputação (Gên. 45:6).
A Septuaginta (LXX), feita a partir do ano 285 A.E.C, traduziu o Hebraico Kavódh pelo termo: Dóxa, significava: opinião, reputação. A primeira dessas idéias desapareceu totalmente, tanto na Septuaginta, como no Novo Testamento. No Novo Testamento, ela passou a significar glória...
Vejamos alguns exemplos, encontrados em o NOVO TESTAMENTO, em que o termo: “doxa”, aparece com diversos sentidos.
(A-) Honra [dóxa] - (Lucas 14.10)
(B-) Esplendor[dóxa ] - (Lucas 2.9)
(C-) Aquilo que dá honra [dóxa] ao seu MARIDO, dono ou Criador I Coríntios 11.7.
No assim chamado Velho Testamento, encontramos várias manifestações da glória do Eterno: Yahveh, onde a sua glória é entendida como uma evidência de sua onipotência. Nesse respeito, os corpos celestes visíveis declaram: a glória de Deus ( Salmos, 19:1)
No monte Sinai,: Yahveh Kavódh - a glória de Yahveh evidenciou-se por meio de manifestações atemorizantes como fogo devorador. (Êxodo 24:16,18 16:10 40:34-38 Números 14:10,11).
O Léxico do Novo Testamento Grego/Português, de F. Wilbur Gingrich e Frederik W. Danker, define a palavra: [doxa], como se segue: Dóxa: 1. Brilho, radiância, esplendor, Lucas 9:31 (dóxe), Atos,22:11 (dóxes); I coríntios 15:40: (dóxa) Glória, majestade atribuídas a Elohim e seres celestiais: Atos7:2 (dóxan), Romanos 1:23 (dóxes), Tiago 2:1 a glória (doxan) Apoc.5:12 “doxhv tou Deou” - “glória de Deus” Apocalipse 15:8.
Com conotação de poder (Romanos 6:4), reflexo (I.Coríntios 11:7). Magnificência, esplendor dos reis, etc. 2. Fama, prestígio, louvor como uma exaltação da reputação,etc.
Como o leitor pode ter observado os termos: Kavódh, e também o seu correspondente: (dóxa) Glória, encerram vários significados; os mesmos não podem ser evocados,para afirmar por si sós, A DIVINDADE DE NINGUEM, pois suas aplicações são quase que infinitas...(Ad Infinitam)
O que ocorre com o termo: (dóxa) Glória, é basicamente o mesmo em relação aos termos usados para ADORAÇÃO, REVERENCIA, HONRA ou seja: Hebraico (hwjtch) HISTAHAWAH, e em Grego (proscunew) PROSKYNÉO, que certos teólogos, mal intencionados quando os vêem aplicados a pessoa do Mestre, costumam torce-los (II, Pedro 3:16) para com isso afirmar a “DIVINDADE DE CRISTO”, que na realidade foi dogma forjado (por motivos políticos) pela Igreja de Roma,e imposto pelo imperador pagão Constantino,no concilio de Nicéia que se realizou no (ano 325 E. C.) Este dogma, mais tarde, no ano 381 E.C, foi pelo sucessor de Constantino, chamado TEODÓSIO, onde o mesmo não apenas confiscou os bens de quem não concordava com as decisões dos CONCILIOS, bem como decretou PENA DE MORTE (Apoc.13:15-17) para aqueles que discordassem do DOGMA DA TRINDADE, cuja base é o dogma da DIVINDADE DE CRISTO.
Após termos visto a etimologia, o sentido da palavra em questão, faremos um apanhado sucinto, da problemática do texto e da razão pela quais muitos teólogos tentam obcecadamente provar a preexistência e a “divindade” do Senhor Yeshu, fazendo uso de tal texto.
Antes porem, daremos a palavra aos contrários, para que o leitor possa pesar os seus argumentos, e com isso poder tomar uma posição segura.
O teólogo Adventista Pedro Apolinário, em sua apostila: “AS PRETENSIOSAS TESTEMUNHAS DE JEOVÀ”, mesmo ensinando que este texto, “é uma prova da divindade de Cristo”, deixa escapar em sua argumentação contra os Russelitas, que o referido termo, não tem apenas o sentido que ele lhe empresta. Ou seja o termo: doxa- glória, pode ter outros sentidos. Senão vejamos.
Glória - doxa .Em geral representa o termo hebraico Kabodh, que tem por raiz a de peso ou dignidade.
O termo hebraico passou a significar estima, honra, admiração, brilho. Como em português KABODH pode...designar os atributos ou características que produzem ESTIMA, ADMIRAÇÃO.
È usado no Velho Testamento a respeito DE HOMENS para descrever a SUA RIQUEZA, ESPLENDOR, OU REPUTAÇÃO.
A glória de Israel não consistia em seus exércitos, mas sim em Yahveh (Jer 2:11).
A Septuaginta [285 A.C] traduz o hebraico kabodh pelo termo GREGO doxa , que no grego clássico significava “OPINIÃO” ou “REPUTAÇÃO”.
A primeira dessas ideias DESAPARECEU totalmente tanto na LXX como no Novo Testamento.
Achada já em Homero e Heródoto, esta palavra tem fora do GREGO BIBLICO uma significação básica que reflete sua ligação com docew-dokéo, isto é , o que alguém pensa , opinião. Ela toma duas formas:
1°) Eu penso - a opinião que eu tenho.
2°) Eu calculo - a opinião que os outros tem de mim.
Em várias passagens a palavra significa esplendor que irradia de um ser celestial (Luc. 9:32 Atos 22:11) fama e HONRA (João 7:18 8:50 II Cor 6:8 beleza, execelência e grandeza (Mateus 4:8). Seu emprego principal serve para descrever a revelação do carater e da presença de Deus na pessoa e na obra de Yeshu Khristo. Este é o resplendor da GLÓRIA DIVINA.
Concordamos com o teólogo neste ponto, pois este argumento encontra respaldo nas Escrituras, especialmente no livro do profeta Yeshayah (Isaias) 49:3,onde o próprio Eterno afirma que o Messias seria o SEU REFLEXO, nestes termos:
Ouvi-me, ilhas, e escutai vós povos de longe: O Senhor Yahveh me chamou DESDE O VENTRE , DESDE AS ENTRANHAS DE MINHA MÃE fez menção do meu nome [Mat.1.21;Lucas 1:31-32].
E fez a minha boca como uma espada aguda [Apoc.19:15,21],com a sombra da sua mão me cobriu; e me pôs como uma flecha limpa, e me escondeu na sua aljava.
E me disse: Tu és meu servo; e Israel aquele por quem [através de quem] HEI DE SER GLORIFICADO”. (Almeida Revista e Corrigida, 63ª 1986).
“Israel, tu és meu servo, EM TI SEREI GLORIFICADO” (Santuário de Aparecida)
“Eu serei GLORIFICADO EM TI” (Padre Matos Soares)
“ Em ti...manifestarei...MINHA GLORIA”(Vozes de Petrópolis)
Leia, João 15:8 Filipenses 1:11.
A gloria de Deus, REFLETIDA EM JESUS CRISTO, também deve ser vista e REFLETIDA NA IGREJA (II Cor. 4:3-6). O objetivo da Igreja é fazer o que esta ao seu alcance para que o mundo reconheça a GLORIA QUE PERTENCE A DEUS (Rom. 15:9), a qual é exibida em seus feitos (Atos:4:21), EM SEUS DISCIPULOS (I Cor. 6:20) e,acima de tudo, em seu filho, o Senhor da glória (Rom.16:27).
Esta palavra é difícil de ser traduzida porque ela pode designar todos os atributos da Divindade.
Não há em português nenhuma palavra que lhe CORRESPONDA.
A melhor explicação para o real significado deste verso foi feita por Walter R.Martin ao analisar os desmandos doutrinários da seita [Ele se refere aos Testemunhas de Jeová].
Cristo ora ao Pai, pedindo-lhe para retornar a gloria que TIVERA ANTERIORMENTE. Foi esta oração atendida? Sim, Paulo em Filipenses 2:9 nos cientifica da resposta positiva a esta oração ”Pelo que também o exaltou sobremaneira e lhe deu o nome que está acima de todo o nome”. [Leia I Corintios 11:3 15:20-28 João 13:16,20].
Esta passagem da Escritura colocada ao lado de Isaias 42:8 e 48:11 prova quem é Cristo, dando-nos um testemunho INEQUIVOCO da sua divindade.
Isaias 42:8 e 48:11 Deus declara peremptoriamente que a Sua GLORIA, que é inerente á Sua pessoa, não poderia ser dada a nenhuma outra pessoa, que não fosse divina.
Não existem argumentos entre as Testemunhas de Jeová, que possam combater a VERDADE REVELEDA NESTAS PASSAGENS DA BÍBLIA.
A declaração de Cristo em João 17:5 revela que ele seria glorificado COM A GLÓRIA DO PAI e esta glória NÃO LHE ERA NOVA, desde que ele afirma que ele possuía com (grego para) o Pai.
Se João quisesse dar a idéia de ATRAVÉS ele teria usado a preposição grega dia “diá” e não para “pará”.
Jesus reclamou a mesma glória do Pai e desde que Jeová afirma que a Sua glória (Isaías 42:8) não seria dada a outro, a unidade de substancia entre Ele e Cristo é inegável Eles são um em todas as suas maravilhosas implicações e embora NÃO POSSAMOS ENTENDER TOTALMENTE ESTE MISTÉRIO [Apoc.17:5], ALEGREMENTE ACEITAMOS, e assim fazendo permaneceremos fiéis a Palavra de Deus.
E conclui dizendo:
Este versículo poderia ser explanado assim: Pai, tendo eu terminado a minha obra aqui na terra, peço-te que me restituas ao GOZO daquela GLÓRIA INEFAVEL, que eu, COMO MEMBRO DA TRINDADE tinha contigo, ANTES DA CRIAÇÃO.
Na tentativa tenaz de provar a divindade do Senhor Yeshu, o Dr. Walter Martim em sua obra “O Império das Seitas”, cita o texto do evangelho de Yohanan (João) 17:5, da seguinte forma:
E agora, glorifica-me, ó Pai, contigo mesmo, com a glória que eu tinha junto de ti antes que o mundo existisse.
Ele diz: Temos uma prova conclusiva da identidade do Senhor Jesus. Ai está um testemunho perfeito de que Cristo é Deus.
Creio que deu para o leitor captar toda a idéia, que os tais cérebros teológicos tecem como aranhas em torno desta passagem.
Portanto, partamos agora para a refutação dos argumentos escolásticos e equivocados que tem sido feito sobre este versículo.
Quanto ao argumento do teólogo adventista apaixonado, que tentam obsecadamente provar a preexistência, de sua obra faz o seguinte comentário sobre João 17:5: “Este versículo poderia ser explanado assim: Pai, tendo eu terminado a minha obra aqui na Terra, peço-te que me restituas ao gozo daquela glória inefável, que eu, como membro da Trindade, tinha contigo, antes da criação”. Perguntamos: Precisaria Ele o Mestre, pedir, algo que já fosse dele? Analise o leitor o absurdo!
Em atenção à citação feita do Dr. Walter Martim, onde ele faz uma conexão entre os textos: João 17:5, Isaías 42:8 48:11, formulando assim um argumento capcioso, na tentativa de mostrar que a glória que Yeshu estava rogando ao Pai, não era outra senão a que ele já possuía, sendo o mesmo um dos participantes da Trindade; em que Ele formula o seguinte racioçinio, de como o Pai, o Criador, Yahveh já havia afirmado através do profeta Yeshayah ( Is 42:8; 48:11), que “a outro não daria a sua glória”; esta GLÓRIA, não poderia ser dada a outra pessoa se esta não fosse divina! E que sendo assim, ele conclui dizendo que Yeshu é o próprio Yahveh encarnado, possuindo assim a glória do mesmo Pai, inerente à sua natureza... (João 8:40 14:28 I Tim,2:5). Para tentar refutar os Testemunhas de Jeová, tais teólogos, fazem uso da teoria KENÓTICA, Citam Mateus 17:2, para mostrarem que mesmo Yeshu na forma de homem (segundo eles), não teria se esvaziado de sua glória.
E, da versão Almeida Revista e Corrigida, 63ª Impressão 1986, transcrevemos o que segue:
E agora, glorifica-me tu, ó Pai, junto de ti mesmo, com AQUELA GLÓRIA QUE TINHA CONTIGO antes que o mundo existisse”. (João 17:5).
O texto acima citado, tem sido usado por quase todos os teólogos trinitários para tentar provar a “divindade” , e “preexistência”, de Yeshu.
Procuraremos, através deste modesto estudo, tentar esclarecer, ao amado leitor, qual é o verdadeiro sentido deste texto; Mas para tanto, é necessário primeiramente, estudarmos, a etimologia (origem) e os diversos sentidos da palavra em questão, ou seja: doxa - glória .
Nas Escrituras Hebraicas, a palavra que mais vezes tem sido traduzida por glória é: Kavodh, a qual basicamente tem o sentido de “peso”, o que dá peso. (Veja I Samuel 4.18, onde o adjetivo aparentado é traduzido [dbk] pesado). De modo que a glória pode se referir àquilo que faz a pessoa ou a coisa parecer poderosa ou impressionante, tal como a riqueza material [dwbk] (Sl 49:16-17), posição ou reputação [ydbk ] (Gên. 45:6).
A Septuaginta (LXX), feita a partir do ano 285 A.E.C,traduziu o Hebraico Kavódh pelo termo: “dóxa”; Dóxa, significava: opinião, reputação. A primeira dessas idéias desapareceu totalmente, tanto na Septuaginta, como no Novo Testamento. No Novo Testamento, ela passou a significar glória.
Vejamos alguns exemplos, encontrados em o NOVO TESTAMENTO, em que o termo: “doxa”, aparece com diversos sentidos.
(A-) Honra [dóxa ] - (Lucas 14.10)
(B-) Esplendor[dóxa ] - (Lucas 2.9)
(C-) Aquilo que dá honra [dóxa] ao seu MARIDO, dono ou Criador (I Coríntios 11.7).
No assim chamado Velho Testamento, encontramos várias manifestações da glória do Eterno: Yahveh, onde a sua glória é entendida como uma evidência de sua onipotência. Nesse respeito, os corpos celestes visíveis declaram: Kavódh a glória de Deus ( Salmos 19:1)
No monte Sinai, Yahveh Kavódh, a glória de Yahveh evidenciou-se por meio de manifestações atemorizantes como fogo devorador. (Êxodo 24:16,18 16:10 40:34-38 Números 14:10-11).
O Léxico do Novo Testamento Grego/Português, de F. Wilbur Gingrich e Frederik W. Danker, define a palavra: [doxa] dóxa, como se segue: Dóxa: 1. Brilho, radiância, esplendor [Lucas 9:31], (dóxe), Atos 22:11: (dóxes); I Coríntios 15:40 (“dóxa”) Glória, majestade atribuídas a Elohim e seres celestiais: [Atos 7:2] (doxan=dóxan), Romanos 1:23, (dóxes),Tg 2:1, a glória (doxan) Apoc.5:12”; doxhv tou Deou - “glória de Deus”, Apo 15:8.
Com conotação de poder (Romanos 6:4), reflexo (I.Coríntios 11:7). Magnificência, esplendor dos reis, etc. 2. Fama, prestígio, louvor como uma exaltação da reputação,etc.
Como o leitor pode ter observado os termos: Kavohdh, e também o seu correspondente: (dóxa) Glória, encerram vários significados. Os mesmos não podem ser evocados, para afirmar por si sós, A DIVINDADE DE NINGUEM, pois suas aplicações são quase que infinitas.(Ad Infinitam)
O que ocorre com o termo: (dóxa) Glória, é basicamente o mesmo em relação aos termos usados para ADORAÇÃO, REVERENCIA, HONRA; ou seja: Heb HISTAHAWAH, e em Grego PROSKYNÉO, que certos “teólogos”, mal intencionados, quando os vêem aplicados a pessoa do Mestre, costumam torce-los, (II,Pedro,3:16), para com isso afirmar A DIVINDADE DE CRISTO, que na realidade foi dogma forjado (por motivos políticos) pela Igreja de Roma,e imposto pelo imperador pagão Constantino, no concilio de Nicéia que se realizou no (ano 325 E. C.), Este dogma, mais tarde, no ano 381 E.C, foi pelo sucessor de Constantino, chamado TEODÓSIO, onde o mesmo não apenas confiscou os bens de quem não concordava com as decisões dos CONCILIOS,bem como decretou PENA DE MORTE, (Apoc.13:15-17) para aqueles que discordassem do DOGMA DA TRINDADE, cuja base é o dogma da : DIVINDADE DE CRISTO.
Após termos visto a etimologia, o sentido da palavra em questão, faremos um apanhado sucinto, da problemática do texto e da razão pela quais muitos teólogos tentam obcecadamente provar a preexistência e a “divindade” do Senhor Yeshu, fazendo uso de tal texto.
Antes porem, daremos a palavra aos contrários, para que o leitor possa pesar os seus argumentos, e com isso poder tomar uma posição segura.
O teólogo Adventista Pedro Apolinário, em sua apostila: “AS PRETENSIOSAS TESTEMUNHAS DE JEOVÀ”, mesmo ensinando que este texto, “é uma prova da divindade de Cristo”, deixa escapar em sua argumentação contra os Russelitas, que o referido termo, não tem apenas o sentido que ele lhe empresta. Ou seja o termo: doxa - glória, pode ter outros sentidos. Senão vejamos.
Glória - doxa. Em geral representa o termo hebraico Kabodh, que tem por raiz a de “peso” ou “dignidade”.
O termo hebraico passou a significar estima, honra, admiração, brilho. Como em português KABODH pode designar os atributos ou características que produzem ESTIMA, ADMIRAÇÃO.
È usado no Velho Testamento a respeito DE HOMENS para descrever a SUA RIQUEZA, ESPLENDOR,OU REPUTAÇÃO.
A glória de Israel não consistia em seus exércitos, mas sim em Yahwéh (Jer 2:11).
A Septuaginta [285 A.C] traduz o hebraico kabodh pelo termo GREGO doxa, que no grego clássico significava “OPINIÃO” ou “REPUTAÇÃO”.
A primeira dessas ideias DESAPARECEU totalmente tanto na LXX como no Novo Testamento.
Achada já em Homero e Heródoto, esta palavra tem fora do GREGO BIBLICO, uma significação básica que reflete sua ligação com docew-dokéo, isto é ,o que alguém pensa, opinião. Ela toma duas formas:
1°) Eu penso - a opinião que eu tenho.
(2°) Eu calculo - a opinião que os outros tem de mim.
Em várias passagens a palavra significa esplendor que irradia de um ser celestial (Luc. 9:32 Atos 22:11); fama e HONRA.(João 7:18 8:50 II Cor. 6:8 beleza , excelência , grandeza (Mat 4:8).
Seu emprego principal serve para descrever a revelação do carater e da presença de Deus na pessoa e na obra de Jesus Cristo. Este é o resplendor da GLÓRIA DIVINA”.
Concordamos com o teólogo neste ponto, pois este argumento encontra respaldo nas Escrituras, especialmente no livro do profeta Yeshayah (Isaias) 49:3, onde o próprio Eterno afirma que o Messias seria o SEU REFLEXO, nestes termos:
Ouvi-me, ilhas, e escutai vós povos de longe: O Senhor [Heb.Yahveh ]me chamou DESDE O VENTRE , DESDE AS ENTRANHAS DE MINHA MÃE fez menção do meu nome. [Mat.1:21 Lucas 1:31-32].
E fez a minha boca como uma espada aguda [Apoc.19:15,21], com a sombra da sua mão me cobriu; e me pôs como uma flecha limpa, e me escondeu na sua aljava.
E me disse: Tu és meu servo; e Israel aquele... por quem...[através de quem] HEI DE SER GLORIFICADO...” . (Almeida Revista e Corrigida,63ª 1986).
“Israel, tu és meu servo, EM TI SEREI GLORIFICADO”...(Santuário de Aparecida)
“Eu serei GLORIFICADO EM TI”...(Padre Matos Soares)
“ Em ti...manifestarei...MINHA GLORIA...”(Vozes de Petrópolis)
Leia, João 15:8 Filipenses 1:11.
Continuemos com o teólogo...
A gloria de Deus, REFLETIDA EM JESUS CRISTO, também deve ser vista e REFLETIDA NA IGREJA (II Cor 4:3-6). O objetivo da Igreja é fazer o que esta ao seu alcance para que o mundo reconheça a GLORIA QUE PERTENCE A DEUS (Rom. 15:9), a qual é exibida em seus feitos (Atos:4:21), EM SEUS DISCIPULOS (I Cor. 6:20)e,acima de tudo,em seu filho, o Senhor da glória (Rom.16:27).
Esta palavra é difícil de ser traduzida porque ela pode designar todos os atributos da Divindade.
Não há em português nenhuma palavra que lhe CORRESPONDA.
A melhor explicação para o real significado deste verso foi feita por Walter R.Martin ao analisar os desmandos doutrinários da seita [Ele se refere aos Testemunhas de Jeová].
Cristo ora ao Pai, pedindo-lhe para retornar a gloria que TIVERA ANTERIORMENTE. Foi esta oração atendida? Sim. Paulo em Filipenses 2:9 nos cientifica da resposta positiva a esta oração, Pelo que também o exaltou sobremaneira e lhe deu o nome que está acima de todo o nome”. [Leia I Corintios 11:3 15:20-28 João 13:16,20,21].
Esta passagem da Escritura colocada ao lado de Isaias 42:8 e 48:11 prova quem é Cristo, dando-nos um testemunho INEQUIVOCO da sua divindade.
Isaias 42:8 e 48:11 Deus declara peremptoriamente que a Sua GLORIA, que é inerente á Sua pessoa, não poderia ser dada a nenhuma outra pessoa, que não fosse divina.
Não existem argumentos entre as Testemunhas de Jeová, que possam combater a VERDADE REVELEDA NESTAS PASSAGENS DA BÍBLIA.
A declaração de Cristo em João 17:5 revela que ele seria glorificado COM A GLÓRIA DO PAI e esta glória NÃO LHE ERA NOVA, desde que ele afirma que ele possuía COM (grego pará) o Pai.
Se João quisesse dar a idéia de ATRAVÉS ele teria usado a preposição grega dia “diá” e não para “pará”.
Jesus reclamou a mesma glória do Pai e desde que Jeová afirma que a Sua glória (Isaías 42:8) não seria dada a outro, a unidade de substancia entre Ele e Cristo é inegável. Eles são um em todas as suas maravilhosas implicações e embora NÃO POSSAMOS ENTENDER TOTALMENTE ESTE MISTÉRIO [Apoc.17:5], ALEGREMENTE ACEITAMOS, e assim fazendo permaneceremos fiéis a Palavra de Deus.
E conclui dizendo:
Este versículo poderia ser explanado assim: “Pai, tendo eu terminado a minha obra aqui na terra, peço-te que me restituas ao GOZO daquela GLÓRIA INEFAVEL, que eu, COMO MEMBRO DA TRINDADE, tinha contigo, ANTES DA CRIAÇÃO.
Na tentativa tenaz de provar a divindade do Senhor Yeshu o Dr. Walter Martim em sua obra “O Império das Seitas”,cita o texto do evangelho, E agora, glorifica-me, ó Pai, contigo mesmo, com a glória que eu tinha junto de ti antes que o mundo existisse.
Ele diz: “Temos uma prova conclusiva da identidade do Senhor Jesus. Ai está um testemunho perfeito de que Cristo é Deus”.
Creio que deu para o leitor captar toda a ideia ,que os tais cérebros teológicos tecem como aranhas em torno desta passagem.
Portanto, partamos agora para a refutação dos argumentos escolásticos e equivocados que tem sido feito sobre este versículo.
Quanto ao “argumento” do teólogo adventista apaixonado, que no tentam obsecadamente provar a preexistência de Khristo, de sua obra faz o seguinte comentário sobre João 17:5: “Este versículo poderia ser explanado assim: Pai, tendo eu terminado a minha obra aqui na Terra, peço-te que me restituas... ao gozo daquela glória inefável, que eu, como membro da Trindade, tinha contigo, antes da criação”. Perguntamos: Precisaria Ele o Mestre, pedir,algo que já fosse Dele? Analise o leitor o absurdo!
Em atenção à citação feita do Dr. Walter Martim, onde ele faz uma conexão entre os textos: João 17:5, Isaías 42:8; 48.11, formulando assim um argumento capcioso, na tentativa de mostrar que a glória que Yeshu estava rogando ao Pai, não era outra senão a que ele já possuía, sendo o mesmo um dos participantes da Trindade; em que Ele formula o seguinte “raciocinio”, de como o Pai, o Criador: Yahveh já havia afirmado através do profeta Yeshayah ( Is 42:8; 48:11), que “a outro não daria a sua glória”; esta GLÒRIA, não poderia ser dada a outra pessoa se esta não fosse divina ! E que sendo assim, ele conclui dizendo que Yeshu é o próprio Yahveh encarnado, possuindo assim a glória do mesmo Pai, inerente à sua natureza (João 8:40 14:28 I Tim 2:5). Para tentar refutar os Testemunhas de Jeová, tais teólogos, fazem uso da teoria KENÓTICA, citam Mateus 17:2, para mostrarem que mesmo o Messias na forma de homem (segundo eles), não teria se esvaziado de sua glória.
KENÒSIS-ESVASIAMENTO. A teoria Kenótica ensina que o Messias sendo o próprio Deus se esvaziou de toda a sua glória, tornando-se semelhante aos demais homens. Mais detalhes,a refutação de tal teoria,ver tópico: FILIPENSES 2:6-11 Leia, Isaías 53:10-12. Para um melhor entendimento do que vem a ser KENÓSIS, extraímos da ENCICLOPÉDIA WIKIPÉDIA
Na doutrina da Trindade esta relacionado a sua divindade, mas precisamente ao deixar de lado seus atributos divinos sem perder sua natureza divina. Jesus deixa de depender de seu poder divino para depender do Espírito Santo. Kenótica à kenosis, doutrina do esvaziamento do logos divino.
Kenosis- esse vocabulo grego é formado do verbo heauton ekenõsen, ele se esvaziou a si mesmo.
Na Teologia precisamente na matéria da Cristologia é conhecida como A DOUTRINA DO ESVAZIAMENTO DE JESUS CRISTO. Esta doutrina tem como base escriturístico a passagem nos escritos sagrados da Bíblia precisamente no Novo Testamento na carta de Paulo aos Filipensses (2:5-7 podendo prolongar-se até o 11). Nesta passagem o Apóstolo iluminado pela pessoa do diviníssimo Espírito Santo em uma Revelação Divina do seu pensamento explica que, Cristo se esvaziou de seus atributo divinos tais como; transcendência, onisciência, onipotência, onipresença, sua total Glória e esplendor. Ele que é o criador (isso através de sua substância-seidade, logos-divino), torna-se "semelhante as criaturas"(forma sintética, pois a divindade não possui forma alguma). Antes que era ilimitado (infinito em sabedoria, substância e poder), torna-se limitado. Antes vivia em sua transcendência(em si mesmo na forma das três pessoas da trindade) agora sujeita-se ao tempo e ao espaço (criação). Antes é o todo poderoso, torna-se um humilde servo (criatura) como é retratado no Evangelho de Marcos. Entenda que a kenosis não é que o logos divino deixa de ser totalmente o que Ele é de fato, pois como poderia se desfazer do que de fato Ele é? Mas apenas esvaziou-se de sua glória, esplendor e atributos divino. Ex: Um professor que é graduado em letras decide "entrar em total kenosis". Será que conseguiria deixar de fato o que ele é realmente? A resposta é não. O que ele poderia fazer é apenas deixar seu diploma de lado e não tomar posse do que por direitos legais ele conquistou, ou seja não irá lecionar letras. No entanto sempre será um graduado em letras por mais que não queira. Da mesma forma é Cristo, Ele deixa suas "credências divinas" e torna-se um ser totalmente dependente do Espírito Santo para mostrar a humanidade que é realmente possível vencer o pecado. A kenõsis, ou seja, "A DOUTRINA DO ESVAZIAMENTO DE CRISTO" é a grande passagem cristológica que projeta a luz sobre a encarnação de Jesus Cristo. A verdade revelada é justamente a que resulta do pensamento do apóstolo Paulo, quando se voltou para o advento histórico de Cristo a fim de ilustrar a doutrina da humilhação do Filho de Deus (cfr. 2Co 8:9), isto é, 'tornou-se a si mesmo como não tendo reputação alguma, ou melhor, esvaziou-se de si mesmo, sendo esta última frase a tradução literal do grego (ekenõsen), de que deriva o termo teológico e técnico (kenõsis) ou autoaniquilamento/esvaziamento de si. Jesus, que existiu em forma de Deus e igual a Deus, humilhando-se a Si mesmo tomando a forma de servo em lugar da pré-existente forma de Deus. O termo utilizado no texto de Fl 2.7 deixa claro o que foi o processo de esvaziamento que Cristo utilizou, isto é, (ekenõsen) tem como tradução a palavra 'esvaziou-se'. E a partir deste termo deu-se a origem a doutrina "kenótica" que ensinou que Cristo, na encarnação, se desfez de sua divindade e esvaziou-se de sua deidade parcialmente, na verdade em seus atributos e poder. Deixou de ser Deus (forma divina) para ser homem (criatura) por amor de muitos, a humanidade.
Mas,...voltemos aos argumentos.
Como apelam para tais sofismas, passaremos ao relato sobre a transfiguração, relato este que para muitos é a sustentação da doutrina sobre “a glória inerente à natureza do Cristo”, mesmo este, se encontrando na forma de homem. Leiamos o texto, de acordo com Lucas, 9.29-36.(Idem,Marcos 2-13)
Luc,9: “E transfigurou-se diante deles, e o seu rosto resplandeceu como o sol, e o seu vestido ficou mui branco e resplandecente, e eis que estavam falando com ele dois varões, que eram Moisés e Elias,(Hebreus,11:23-29;32,38 I Reis 18:4,19.9 Leia os versos:13,e 39-40). Os quais com glória (dóxe), falavam da sua morte, a que havia de cumprir em Jerusalém. E Shimon e os que estavam com ele, estavam carregados de sono, e, quando despertaram, viram a sua (de Yeshu) glória (dóxan), e aqueles dois varões que estavam com ele.
E aconteceu que, quando aqueles se apartaram dele, disse Shimon a Yeshu: -- Mestre, bom é que nós estejamos aqui, e façamos três tendas, uma para Moshe, uma para Elia e uma para ti, não sabendo o que dizia....
E, dizendo ele isto, veio uma nuvem que os cobriu com a sua sombra, e entrando eles na nuvem, temeram. E saiu da nuvem uma voz que dizia: - “Este é o meu Filho amado, a ele ouvi”.
Daremos a palavra agora para uma das testemunhas oculares: II Pedro 1:16-17: “Por que não vos fizemos saber a virtude e a vinda de nosso Senhor Yeshu Khristo, segundo fábulas artificiosamente compostas, mas nós mesmos vimos a sua majestade”.
Portanto, ele recebeu de Deus Pai honra e glória (dóxan), quando da magnífica glória (dóxes) lhe foi dirigida a seguinte voz: “Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo”.
Em resumo, nós vemos que a glória manifestada na transfiguração não caracteriza a sua divindade, mas sim, esta glória era um protótipo daquela que ele iria receber após a sua ressurreição, é tanto, que aos discípulos ele disse: “A ninguém conteis a visão, até que o Filho do homem seja ressuscitado dos mortos” (Mt 17:9, compare com Atos, 2:23-36).
A palavra glória (dóxa), mencionada no relato acerca da transfiguração, significa esplendor, brilho, radiação. Esta glória não deve ser entendida como sendo uma evidencia da “divindade do Mashyah”, e nem tampouco comparar com a glória de Yahveh mencionada em Isaías 42:8, 48:11. Para tanto, seríamos obrigados a afirmar a consubstancialidade de Elia e Moshe com o Pai, porque eles também apareceram (em doxh - em glória. ( Lucas, 9:31)...
O esplendor manifestado naquela oportunidade foi devido ao contato direto do Eterno Yahveh com o Senhor Yeshu ( Lc 9:34; 35); O que aconteceu naquela transfiguração, foi algo parecido, como o que ocorreu com Moshe (Moisés) que ficou com o seu rosto tão resplandecente,que foi até mesmo necessário usar um véu para se comunicar com os filhos de Israel, devido o contato direto que teve com Yahveh. Vejamos Êxodo 34:29-33.
Quando Moshe desceu do monte Sinai, trazendo nas mãos as duas tábuas do testemunho, sim, quando desceu do monte, Moshe não sabia que a pele do seu rosto resplandecia, por haver falado com ele, Elohim.
Olhando Aron e todos os filhos de Israel para Moshe, a pele do seu rosto resplandecia pelo que tiveram medo de aproximar-se dele.
Moshe, porém, os chamou; Aron e todos os príncipes da congregação tornaram a ele, e Moshe lhes falou.
Tendo Moshe acabado de falar com eles, pôs um véu sobre o seu rosto.
Yeshu não aceita a glória (doxan) dos homens (João 5.41), ele não busca a sua própria (doxan) glória ( João 8:50).
Ele ensinou a seus discípulos a não aceitar ou buscar (doxan) a glória dos homens (João 5:44); os discípulos seguiram o seu exemplo (doxan) I Tessalonicenses 2:6).
Yeshu não buscava a glória dos homens, mas sim aquela (doxh-glória) que o Pai lhe reservou antes da fundação do mundo.
Em oração ele roga ao Pai para que o glorifique (doxason-doxason), com aquela glória que ele já possuía com o Pai.
E agora, Pai, glorifica-me em tua presença com a glória que eu tinha contigo antes que o mundo existisse. (João 17:5).
Esta parte de sua oração sacerdotal não indica a sua preexistência, e nem a sua divindade. Ele orava, não para que o Pai lhe restituísse a glória que ele possuía como um ser preexistente, mas sim, para que o Pai lhe glorificasse (Gr. Doxason) com aquela glória que o Pai lhe havia reservado (Heb.12:1-2) antes da fundação do mundo. E em concordância, com isto, a própria Bíblia de Jerusalém (católica) reconhece que o texto de João 17:5, está sujeito a VARIANTE, e, a partir daí nos oferece as seguintes opções de tradução deste texto. Senão vejamos:
A glória que EXISTIU JUNTO DE TI, ou “a GLÓRIA da qual eu existo” ou a GLÓRIA JUNTO DE TI”.
A GLÓRIA que Jesus possuía, em sua preexistência divina ou A GLÓRIA QUE O PAI LHE RESERVA, DESDE TODA A ETERNIDADE” página.1408.
Evidentemente, esta última variante, está de acordo, concorda perfeitamente com: Gálatas 4:4, e Hebreus 12:2, Não é mesmo?
Ele possuía esta glória não como um ser preexistente, mas sim como um ser predestinado, ele já existia no plano de Elohim, antes mesmo de seu nascimento. Paulo fala do propósito (Gr. Próthesis): plano, propósito eterno que Elohim havia feito em Yeshu Meshicha. ( Efésios 3:11).
Efésios 1:4-11: “Pois nos elegeu nele (Yeshu) antes da fundação do mundo”...
Yeshu já existia no propósito eterno do Criador, antes mesmo da fundação do mundo. Nele concorreriam todas as coisas na dispensação da plenitude dos tempos, (Gal 4:4) tanto as dos céus, como as que estão na Terra.
Ele foi o primeiro ser humano a ser chamado de Filho de Elohim (Marcos 1.10), de acordo com o propósito do Criador (Yahveh) para a INAUGURAÇÃO DE UMA NOVA CRIAÇÃO (Apocalipse 21:5 Yeshayah 43:19 II Corintios 5:17 Efésios 4:24 Colossenses 3.10 I Corintios 11:5,7 15:20-28 Apocalipse 3:14).
Ele foi o único a preservar as características de Elohim, em sua vida terrestre.
Elohim fez o homem à sua imagem (Gênesis 1:26,27). Adão, o primeiro homem, possuiu esta imagem, este tinha as características de Elohim, até o dia em que pecou, perdendo assim a imagem exata do Criador, porque Elohim não peca, mas Yeshu podia dizer: “Quem me vê, vê o Pai” (João 14:9). Ele foi o único ser humano a preservar a imagem exata de Elohim (Hebreus 1:3 12:1-2).
Ele não pecou (II Pedro 2:22). Ele é a IMAGEM RESTAURADA DO CRIADOR, OBLITERADA PELA QUEDA DE ADÃO (Gên.3:1-24). (Gênesis.1:26 Ecles.7:29 II Corintios 5:17 Efésios 4:24; Colossenses 3:10 I Coríntios 11:7
A seu respeito, Paulo diz: “Nos quais o deus deste século cegou os entendimentos (Efé.1:18) dos incrédulos, para que não lhes resplandeça a luz do evangelho da glória de Khristo, que é a imagem de Deus (Elohim) (II Coríntios 4:4).
Ele é a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a [NOVA] criação (Colossenses,1:15).[ II Corintios 5:17 Efésios 4:24 Colossenses 3:10 Romanos 12:2].
O Filho é o resplendor da sua glória e a expressa imagem do seu ser (Hebreus 1:3).
Não seria necessário o Messias ser preexistente para possuir a glória, que ele roga ao Pai em oração, porque Yahveh fala das coisas inexistentes, como se as mesmas já existissem ( Romanos 4:17). Mesmo Yeshu não existindo como um ser, para Deus (Elohim) ele já existia através do seu eterno plano, e, por sua vez, possuía a glória que lhe seria concedida após a sua ressurreição.
Para nós mortais, o Messias morreu a quase 2000 anos atrás, mas para Deus (Elohim) que é onisciente, Messias já estava morto desde a fundação do mundo, quando pronunciou: “E porei inimizade entre ti ( Satanás) e a mulher, entre a sua descendência e o seu descendente. Este (Yeshu) te ferirá a cabeça e tu lhe ferirás o calcanhar”( Gênesis 3:15). Elohim já contemplava, através de sua onisciência e do seu eterno propósito que havia feito no Messias, a morte, a ignomínia e a glória do Messias.(´Isaías´52:13-15;53:1-12)
Nós vemos que o apóstolo Yohanan (João) entendeu bem o plano de Yahveh, ao dizer: E todos os que habitam sobre a terra a adorarão, esses cujos nomes não estão no livro da vida do cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo (Apocalipse 13:8).
As Testemunhas de Jeová, em sua revista “A SENTINELA”,15 de junho de 2005,pagina 5, explicam o sentido da expressão: “Antes da fundação do mundo”, no que diz respeito a redenção do gênero humano da seguinte maneira.
Antes da fundação do mundo Jeová se propôs fazer tudo isso há muito tempo. Paulo fala antes da fundação do Mundo (Efésios 1:4). Não foi antes da criação da Terra e de Adão e Eva. Aquele mundo era muito bom, e a rebelião não havia irrompido (Gênesis 1:31). Então, a que mundo se referiu Paulo? Ao mundos dos filhos de Adão e Eva - o mundo pecaminoso e imperveito da humanidade, que tinha a perpectiva de ser remido. Antes de nascerem quaisquer filhos, Jeová já sabia como ia lidar com os assuntos para trazer alivio aos descendentes remiveis de Adão - Romanos 8:20.
Naturalmente, não estamos sugerindo que o Soberano do Universo faça planos assim como os humanos. Por reconhecerem a possibilidade de uma emergência, eles planejam diversas estratégias pormenorizadas. Não, o Deus Todo-Poderoso simplesmente especifica o seu propósito e o executa. Ainda assim, Paulo explica como Jeová decediu resolver a questão para trazer alivio permanente à humanidade. Quais foram essas medidas?
Quem trará o alivio?
Paulo explica que os dicipulos de Cristo, ungidos pelo espírito, desempenharam um papel especial em desfazer o dano causado pelo pecado de Adão. Jeová nos tem escolhido em união com Cristo, diz Paulo,´para governar com Jesus no Reino celestial. Explicando isso ainda mais, Paulo diz que Jeová, nos predeterminou para a adoção de filhos para si mesmo, por intermédio de Jesus Cristo.(Efésios1:4,5). É claro que Jeová não os escolheu, ou predeterminou, individualmente. Todavia, ele predeterminou uma classe de pessoas fiéis e devotadas que participaram com Cristo em desfazer o dano que Satanás, o Diabo, junto com Adão e Eva, causaram à familia humana.- Lucas 12:32 Hebreus 2:14-18.
Continuemos...
É evidente que o Messias morreu há aproximadamente 4004 anos após “a fundação do mundo”, mas para o Eterno Criador ele já estava morto. Assim como ele não tinha ainda morrido, mas para Deus (Elohim) ele já estava morto, automaticamente, aquela glória também já existia. Por isso que Yeshu disse: “E agora, ó Pai, glorifica-me em tua presença, com a glória que eu tinha contigo antes que o mundo existisse” (João 17:5, compare. Romanos 4.17).
Yeshu disse que havia dado tal glória aos seus discípulos, assim como o Pai o havia dado.
João 17.22: “Eu lhes dei a glória (dóxan) que tu me destes”.
Yeshu foi o protótipo da humanidade perfeita, ele foi o primeiro a ser declarado Filho de Elohim, mediante o espírito de santidade e após a ressurreição dos mortos. Ele foi feito às primícias (I Coríntios 15.23), o primogênito (Gr. Prototókos–mais excelente) de toda a criação (Colossenses 1:15) compare Sl 89:27. Ele é o unigênito (Gr. Monogenes - único da espécie, singular) de Elohim (João 3:16). Os salvos passarão pelo mesmo processo para alcançarem (dóxan) à glória (Romanos 8:18,28-30 I Coríntios 15:22-23, 47-50).
Recapitulando, o argumento usado no intuito de provar a preexistência e a divindade do Messias: (Isaías 48:11) “Por amor de mim, por amor faço isto. Como seria profanado o meu nome? A minha glória (Hb. Kavódh, Grego Doxa - reputação, posição) não darei a outrem”.
Após Yahveh ter usado faraó como instrumento para tornar manifesto o seu poder aos filhos de Israel, de ter libertado Israel da escravidão, com braço forte, de ter criado para si um nome eterno (Isaías 63:12-14), ele não iria aceitar nenhuma imagem de escultura para ser co-participante de sua glória (Isaías 42:8).
Vemos como Israel em sua incredulidade queria tirar a glória e dá-la a uma imagem de escultura. Vejamos:
Êxodo 32:3-4. Então todo o povo tirou os pendentes de ouro, que estavam nas suas orelhas, e os trouxe a Arão....Ele os tomou das suas mãos, e com um buril deu forma ao ouro, e dele fez um bezerro de ouro (fundição). Então eles disseram: são estes ó Israel, os teus deuses, que te tiraram da terra do Egito.
Israel, através de sua desobediência, roubava a glória do Criador, dando-a ao bezerro de fundição, dizendo que este era quem os havia libertado do Egito, quebrando assim o primeiro mandamento, que diz:
Eu sou Yahveh teu Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão.
Não terás outros deuses diante de mim. (Êxodo 20:1-3).
Yahveh em seu eterno zelo pela sua glória, não iria deixar tirar o mérito de havê-los libertado do Egito e conceder a um objeto feito por mãos de homens. O Criador se enfureceu com a atitude dos filhos de Israel, e disse: “Agora, pois, deixa-me, para que o meu furor se acenda contra eles, e os consuma. Então farei de ti uma nação” (Ex. 32.10).
Yahveh não iria dar a sua glória a uma imagem de fundição, como ele disse: “Eu sou Yahveh, este é o meu nome, a minha glória (Hb. Kavódh - reputação, posição, Gênesis 49:16) não darei a outrem, e o meu louvor as imagens de escultura”. (Isaías 42:8).
Após Yahveh Elohim ter libertado Israel com todo zelo, sinais e prodígios, ele não iria deixar que um objeto de fundição viesse a ficar com a sua glória.
Mas a Yeshu Meshicha ele concedeu aquela glória, que ele já havia reservado antes da fundação do mundo, (Heb 12:2) não a glória que é a essência de sua divindade, e sim GLÓRIA no sentido de IDENIZAÇÃO, PREMIO, ou GLORIFICAÇÃO; ou seja, aquela a qual Yeshu disse: Eu lhes dei a glória que tu me deste (João 17:22). Yeshu deu aos seus discípulos a glória que recebeu do Pai; neste caso, por terem recebido do Mestre A GLÓRIA DO PAI, - Seriam os discípulos também, consubstanciais com o Pai ?...
Que a prece do Mestre Yeshu , pedindo ao Pai que lhe desse aquela glória que lhe estava reservada (Hebreus 12:1-2 P.I.B), tenha sido atendida, podemos confirmar lendo Efesios 2:8, onde o apóstolo Shaul nos mostra que o eterno respondeu a sua oração nestes termos:
Filipenses 2:8. Pelo que Deus o exaltou soberanamente, e lhe deu um nome que é sobre todo nome (Compare. Atos 4:12).
Para que no nome de Yeshu (Jesus) se dobre todo joelho dos que estão no céu, na terra e debaixo da terra.
E toda língua confesse que Yeshu é Senhor (Não para a sua própria glória, para a glória do Pai, que o constituiu Senhor e Khristo (Atos 2:36) para a glória de Deus o Pai. Para que Deus seja tudo em todos (I Coríntios 15:24-28).
Hb 2:9-10. “Vemos, porém, aquele que foi feito um pouco menor do que os anjos, Yeshu, coroado de glória e de honra, por causa da paixão da morte, para que, pela graça de Deus, provasse a morte por todos”.
Convinha que aquele (Yahveh) para quem são todas as coisas, e mediante quem tudo existe, trazendo muitos filhos à glória, consagrasse pelas aflições o autor da salvação deles (compare. Atos 3:15 5:31 Judas 1:25).
Hebreus,1:4. Assim ele se tornou tanto mais excelente do que os anjos, quanto herdou mais excelente (Gr. Kreitton) nome do que eles.
Ef 1:17-21. “Para que o deus de nosso Senhor Yeshu Meshicha, o Pai da glória, vos dê em seu conhecimento o espírito de sabedoria e de revelação”.
Oro também para que sejam iluminados os olhos do vosso entendimento, para que saibais qual seja a esperança de sua vocação, e quais as riquezas da glória da sua herança nos santos.
E que a suprema grandeza do seu poder para conosco, os que cremos segundo a operação da força do seu poder, que manifestou em Khristo, ressuscitando-o dentre os mortos, e fazendo-o assentar-se à sua direita nos céus.
Acima de todo principado, e autoridade, e poder, e domínio, e de todo nome que se nomeia, não só neste século (mundo), mas também no vindouro.
E sujeitou todas as coisas debaixo dos seus pés (comp. I Coríntios 15:24-28), e sobre todas as coisas o constituiu como cabeça da Igreja (comp. I Coríntios 11:3).
Mt 28.18 Todo poder é me dado (não restituído) no céu e na terra.
Atos 5.31. Deus com a sua destra o elevou a Príncipe e Salvador, para dar a Israel o arrependimento e a remissão dos pecados.[Atos 2:37-38 4.12 8.12-16 19:6 Col 3:17]
Yeshu não se glorificou a si mesmo, (João 8.54) tal não aconteceria se o mesmo fosse um deus encarnado. Yeshu nasceu, cresceu e morreu, tinha fome, sede, sono, cansaço, alegria, tristeza, chorava, etc. (Hb 5:5 2:14-18 5:7). Ele foi o profeta que Elohim prometeu a Moshe, dizendo que este seria semelhante a Moshe, e não a si próprio. (Dt. 18.15-18).
Jamais teria passado pela mente de Moshe, que tal profeta seria o próprio Criador encarnado, ou uma parte da divindade, até porque Yahveh se revelou como sendo o único deus existente tanto no céu como na terra. (Dt.4:35,39). O Criador não prometeu um Deus, nem um ser vindo do céu, mas sim um homem que seria o portador de sua palavra. A este respeito, Yahveh disse: ... e porei as minhas palavras em sua boca. Yeshu conclui: Esta palavra que ouvis não é minha, mas do Pai que me enviou. (João 14:24 13:16,20).
E os discípulos testemunham: (João 1.45) Filipe encontrou Natanael e disse: “Achamos aquele de quem Moshe escreveu na lei, (Deut 18.15-19) e a quem se referiram os profetas: Yeshu de Nazaré, filho de Yoseph (comp. At 3:20-24).
Assim como o pecado e a morte entrou por um homem, também a ressurreição dos mortos veio por um homem” (João, 8.40), e não por um “deus-homem” (I Coríntios 15:21-22; Romanos 5:12-20).
E assim podemos dizer: Há um só (não três em um) Deus (Yahveh) I Coríntios 8:4-6 Isaías 43:10-11 Mc 12:28-32) e um só mediador entre Deus e os homens, Yeshu Khristo homem” ( não deus-homem)...
Devemos pregar um Messias não segundo fábulas artificiosamente compostas (II Pedro 1.16-17), querendo fazer dele um herói divinizado, de molde greco-romano. Como diz a obra católica intitulada Jesus Cristo.
O esforço de tornar Jesus compreensível aos não-judeus, arriscava-se a helenizá-lo, a fazer dele um herói divinizado, de molde greco-romano. No helenismo existe toda uma literatura edificante consagradas a descrever os feitos dos homens divinos (a figura do Theios aner), curandeiros, heróis, imperadores, nos quais se manifestava a divindade. [Vide,Atos 14:11, B.Vozes].
Devemos, sim, anunciar o Messias que Elohim prometeu a nós, através dos santos profetas, (I Kephas, Pedro 1:10,16) não um Messias helenizado ( I João 4:1-4, I Coríntios 11:3-4), para que assim, verdadeiramente, venhamos a ser glorificados com aquela glória que o Pai também nos tem nos reservado (Hebreus,12:1-2 Romanos 8:28-30, Efésios 1:3-4 I Coríntios 2:9),
E por fim, concluímos este estudo, mostrando ao nobre e paciente leitor, que o Mestre Yeshu, RECEBEU, AQUELA GLÓRIA QUE ELE PEDIU AO PAI, 1°) Como Ele mesmo afirmou, pelo motivo principal de ter VENCIDO O MUNDO, e isto o próprio Mestre deixa implícito quando afirmou: “VENCI O MUNDO” (João 16:33).
2°) E isto é confirmado pelo apostolo Shaul (Paulo), em Hebreus 12:2, onde ele nos mostra que Ele, o Mestre não recebeu a glória,ou gozo, por RESTITUIÇÃO, mas sim porque Ele “correu para alcança-la; É por isso, que o mesmo apostolo nos exorta a fazer o mesmo (Heb 12:1).
3°) No livro do Apocalipse,(5:9,12) lemos os motivos principais,pelos quais foi possível ao Eterno Pai, atender a oração do Mestre, quanto a receber AQUELA GLÓRIA, (e não pessoa), que era preexistente.
E cantavam um novo cântico, dizendo: Digno és de tomar o livro,e de abrir os seus selos; PORQUE FOSTE MORTO ,E COM O SEU SANGUE COMPRASTE PARA DEUS [Atos 20:28Loyola] HOMENS DE TODA A Digno é o Cordeiro (João 1:29), que foi morto, de receber o poder,e riquezas, e sabedoria (Mat 24:36), e força, e honra, e [doxan-GLÓRIA]
E ações de graça.
Portanto amigo leitor vamos procurar, correr , e nos preparar, conforme nos ensinou Shaul, (Hebreus,12:1-2) para que naquele dia venhamos a ouvir as seguintes palavras do Senhor Yeshu, Vinde benditos de meu Pai, possuí por herança o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo, (Mt 25:34).
ASSIM SEJA!
APOCALIPSE: 18:4.